Artéria do cotovelo

A artéria ulnar (a. ulnaris) é uma continuação da artéria braquial, da qual se ramifica na fossa cubital, ao nível do processo coronoide da ulna. Em seguida, em seu caminho para a mão, a artéria passa sob o pronador redondo, emitindo ramos musculares para ele. Então, acompanhada pelo nervo ulnar, a artéria passa na direção distal entre os flexores superficiais e profundos dos dedos. Através de uma abertura na parte medial do retináculo flexor e sob os músculos da eminência do dedo mínimo, a artéria ulnar penetra na palma. Aqui, ela se anastomosa com o ramo palmar superficial da artéria radial, formando o arco palmar superficial (arcus palmaris superficialis).

Da artéria ulnar partem os seguintes ramos:

1. ramos musculares (rr. muscular) vão para os músculos do antebraço;
2. A artéria recorrente ulnar (a. recurrens ulnaris) ramifica-se da origem da artéria ulnar e divide-se em um ramo anterior e posterior. O ramo anterior, maior, dirige-se proximalmente ao sulco ulnar anterior medial e anastomosa-se aqui com a artéria colateral ulnar inferior, um ramo da artéria braquial. O ramo posterior dirige-se à superfície posterior da articulação do cotovelo e anastomosa-se no sulco ulnar posterior medial com a artéria colateral ulnar superior, um ramo da artéria braquial.
3. A artéria interóssea comum (a. interossea communis) ramifica-se da artéria ulnar ao nível da tuberosidade do rádio. É um tronco curto que corre em direção à membrana interóssea e se divide nas artérias interósseas anterior e posterior. A artéria interóssea anterior (a. interossea anterior) corre ao longo da superfície anterior da membrana interóssea até a borda proximal do músculo - o pronador quadrado, emite um ramo para a rede palmar do punho. Em seguida, a artéria perfura a membrana e participa da formação da rede dorsal do punho. No antebraço, emite a artéria que acompanha o nervo mediano (a. comitans nervi mediani). A artéria interóssea posterior (a. interossea posterior) perfura imediatamente a membrana interóssea e corre em direção distal entre os extensores do antebraço. Dela parte a artéria interóssea recorrente (a. interossea recurrens), que sobe sob os feixes tendinosos laterais do músculo tríceps braquial até o sulco ulnar posterior lateral, onde se anastomosa com a artéria colateral média da artéria profunda do braço e, como todas as artérias recorrentes, participa da formação da rede articular ulnar. Os ramos terminais da artéria interóssea posterior anastomosam-se com a artéria interóssea anterior e com os ramos carpais dorsais (das artérias ulnar e radial), participando da formação da rede carpal dorsal, da qual partem as artérias metacarpais dorsais descritas acima;
4. o ramo carpal palmar (r. carpalis palmaris) parte da artéria ulnar ao nível do processo estiloide da ulna e, juntamente com o ramo metacarpal palmar da artéria radial e o ramo da artéria interóssea anterior, participa da formação da rede palmar do punho, da qual essas articulações são supridas com sangue;
5. O ramo dorsal do carpo (r. carpalis dorsalis) começa na artéria ulnar no mesmo nível do ramo palmar do carpo, depois vai para o dorso da mão sob o tendão do flexor ulnar da mão e também participa da formação da rede palmar do punho.
6. O ramo palmar profundo (r. palmaris profundus) parte da artéria ulnar próximo ao osso pisiforme, perfura o músculo oposto ao dedo mínimo e supre os músculos da eminência do dedo mínimo e a pele acima do dedo mínimo. Como observado, a seção terminal da artéria ulnar, juntamente com o ramo palmar superficial da artéria radial, forma o arco palmar superficial. Deste arco, partem as artérias digitais palmares comuns (a.a. digitales palmares communes) e, destas, as artérias digitais próprias (a.a. digitales palmares рpropriae), em direção aos lados adjacentes dos dedos vizinhos.

Os membros superiores são caracterizados pela presença de anastomoses no sistema das artérias subclávia, axilar, braquial, radial e ulnar, proporcionando fluxo colateral de sangue arterial e irrigação sanguínea às articulações.