Como é que o sarampo pode ser prevenido?

Pessoas infectadas com sarampo são isoladas por pelo menos 4 dias a partir do início da erupção cutânea e, se complicadas por pneumonia, por pelo menos 10 dias.

Informações sobre a pessoa doente e sobre aqueles que estiveram em contato com ela são repassadas às instituições infantis relevantes. Crianças que não tiveram sarampo e que tiveram contato com um paciente com sarampo não são permitidas em instituições infantis (creches, jardins de infância e as duas primeiras séries da escola) por 17 dias a partir do momento do contato, e para aquelas que receberam imunoglobulina para fins profiláticos, o período de isolamento é estendido para 21 dias. Nos primeiros 7 dias a partir do início do contato, a criança pode frequentar a instituição infantil, uma vez que o período de incubação do sarampo nunca é inferior a 7 dias, seu isolamento começa no 8º dia após o contato. Crianças que tiveram sarampo, bem como aquelas vacinadas com uma vacina viva contra o sarampo, e adultos não são separados.

Para a prevenção específica do sarampo, utiliza-se imunoglobulina preparada a partir de sangue de doador. Ela é administrada para prevenção de emergência apenas em crianças que estiveram em contato com um paciente com sarampo e para as quais a vacinação é contraindicada, ou em crianças que ainda não atingiram a idade de vacinação. A dose de imunoglobulina é de 3 ml. A imunoglobulina tem maior efeito preventivo quando administrada até o 5º dia a partir do momento do contato.

A imunização ativa é realizada com uma vacina viva contra o sarampo, fabricada sob a supervisão de A. A. Smorodintsev, a partir da cepa vacinal L-16, bem como a vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola com as preparações estrangeiras Priorix e MMR II. A administração da vacina em crianças suscetíveis causa uma reação imunológica com o aparecimento de anticorpos específicos contra o sarampo em 95-98% dos vacinados. O acúmulo de anticorpos começa de 7 a 15 dias após a administração da vacina. O nível mais alto de anticorpos é estabelecido após 1 a 2 meses. Após 4 a 6 meses, o título de anticorpos começa a diminuir. A duração da imunidade adquirida como resultado da imunização ativa ainda não foi estabelecida (período de observação de até 20 anos).

Em resposta à introdução de uma vacina viva contra o sarampo, as manifestações clínicas do processo de vacinação podem ocorrer entre o 6º e o 18º dia, na forma de febre, conjuntivite, sintomas catarrais e, às vezes, erupção cutânea. A reação à vacinação geralmente não dura mais do que 2 a 3 dias. Crianças com reações à vacinação não são contagiosas para outras pessoas.

A vacinação obrigatória contra o sarampo com vacina viva é realizada para aqueles que não tiveram sarampo aos 12 meses de idade, com revacinação aos 6 anos de idade. A vacina é administrada uma vez por via subcutânea na dose de 0,5 ml. Para o bem-estar epidemiológico, 95% das crianças devem estar imunes (tendo se recuperado e vacinado). A ampla introdução da imunização ativa contra o sarampo contribuiu para uma queda acentuada na incidência dessa infecção, especialmente em crianças em idade pré-escolar e escolar. No contexto da imunização ativa em massa de crianças, a proporção de crianças mais velhas e adultos entre os doentes com sarampo aumenta.

A vacina viva contra o sarampo é usada para prevenção emergencial do sarampo e para conter surtos em grupos organizados (pré-escolas, escolas e outras instituições de ensino médio). Nesse caso, todos os contatos (exceto crianças menores de 12 meses) que não tenham informações sobre sarampo ou vacinação são imediatamente vacinados. A vacinação realizada no centro de infecção nos estágios iniciais do período de incubação (até o 5º dia) interrompe a disseminação do sarampo no grupo.

Não há contraindicações para a vacinação contra o sarampo.

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