Osteocondrose - o que é que toda a gente precisa de saber?

A osteocondrose é um problema de coluna que afeta literalmente um em cada quatro habitantes do planeta, pelo menos é o que afirmam especialistas do centro de estatísticas da OMS.

Entre as cinco doenças mais comuns do mundo, a osteocondrose ocupa o "honroso" terceiro lugar, à frente apenas das doenças cardiovasculares. Em 2012, a gigante da mídia British Broadcasting Corporation (BBC) publicou dados de estudos médicos simplesmente chocantes: a cada ano, mais de 5 milhões de pessoas morrem devido a doenças causadas pela inatividade física, ou seja, um estilo de vida sedentário. Uma verdadeira pandemia de diminuição da atividade física já afetou um terço da população mundial, e os resultados mais recentes de trabalhos científicos comprovam que o culpado por muitas doenças que ameaçam a saúde não é uma predisposição genética ou vírus, mas um estilo de vida pouco saudável. Quase todos os problemas de coluna — hérnias intervertebrais (hérnias), osteoporose, osteocondrose e muitas outras doenças associadas à osteocondrose — são resultado de muitas horas sentado, seja em frente à TV, à mesa ou no banco do carro. Cerca de 80% de todas as razões pelas quais as costas sofrem e doenças da coluna se desenvolvem estão relacionadas a alterações degenerativas elementares no espartilho muscular e à falta de atividade física adequada e razoável.

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Osteocondrose e a coluna vertebral

A estrutura da coluna vertebral nos seres vivos, sejam animais ou humanos, é basicamente a mesma. No entanto, apenas os humanos têm o orgulhoso título de Homo erectus, ou seja, homem ereto. Até recentemente, acreditava-se que o andar ereto era a principal causa das alterações patológicas na coluna vertebral. Como se a posição vertical do corpo levasse a uma carga incorreta e irregular na coluna vertebral. A carga estática, que é mais exposta à região lombar e ao sacro, que consiste em cinco vértebras, é a mais perigosa em termos de efeitos destrutivos sobre os tecidos intervertebrais. A carga dinâmica, que se caracteriza por movimentos, é exposta à coluna cervical. A estrutura da coluna vertebral é bastante complexa, sendo constituída por muitas vértebras conectadas por tecido cartilaginoso - os discos. Os discos, por sua vez, são anéis multicamadas com um núcleo líquido no meio, desempenhando uma função de absorção de choque quando a coluna é colocada em movimento. Além disso, as vértebras são conectadas por um grande número de músculos e outros tecidos. A elasticidade de todo esse sistema de conexão garante a condição normal da coluna vertebral. Simplificando, quanto mais elásticos e adaptáveis forem os discos intervertebrais, mais flexível e saudável for a coluna vertebral e menor o risco de osteocondrose. Hoje, a teoria de que andar ereto é o culpado por todas as doenças degenerativas da coluna está sendo questionada. Estatísticas implacáveis convencem os médicos de que, mais do que um estilo de vida sedentário, a inatividade física é um fator desencadeante de doenças da coluna associadas à distrofia e à degeneração dos tecidos intervertebrais. Além disso, o excesso de peso, que realmente aumenta a carga sobre os discos, também pode agravar processos destrutivos e provocar osteocondrose. Conclusão: movimento é vida. A frase não é nova, parece dolorosamente banal, mas não requer comprovação. Um exemplo marcante de que a atividade motora e a flexibilidade podem servir de base para a saúde da coluna vertebral são os exemplos de pessoas que praticam regularmente ginástica, ioga e outros tipos de treinamento corporal. A própria natureza dá às crianças a oportunidade de serem flexíveis, pois os discos intervertebrais das crianças são muito elásticos e os núcleos dos discos, por si só, contêm até 80% de fluido. Com a idade, a quantidade de "lubrificante" vital pode diminuir, mas pode ser preservada com a prática consciente de exercícios simples e a observância de regras básicas de um estilo de vida saudável. A osteocondrose é uma doença que afeta pessoas que são forçadas a ficar sentadas ou deitadas por horas, anos, independentemente do motivo – por dever ou vontade própria, por obrigação, preguiça ou simplesmente ignorância.

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O que é osteocondrose?

Osteocondrose é um conceito que abrange todas as alterações degenerativas e distróficas da coluna vertebral. Vale ressaltar que na versão europeia da classificação de doenças não há uma única palavra sobre osteocondrose, sendo tais doenças classificadas como reumáticas e dorsopáticas. Na CID-10, desde 1999, um grupo de doenças com manifestações típicas na forma de dor na coluna, não associada a causas viscerais, é definido como dorsopatia. A osteocondrose, que é classificada como dorsopatia, por sua vez, é dividida em três grandes grupos:

1. Doenças deformantes, dorsopatias – escoliose, lordose, cifose, subluxação, espondilolistese.
2. Espondilopatia – espondilose, espondilite anquilosante e outras patologias distróficas ossificantes que limitam a mobilidade da coluna vertebral.
3. Outras dorsopatias diferentes são alterações degenerativas acompanhadas de hérnias e protrusões.

Assim, osteocondrose (do grego "osso", "cartilagem" e "dor") é um nome genérico para todos os problemas na coluna vertebral causados por degeneração e distúrbios nutricionais dos tecidos perivertebrais (degeneração e distrofia). Quando deformado, o disco intervertebral, que absorve choques, torna-se mais fino e plano, o que leva à sobrecarga das vértebras e à sua deformação ainda maior, a tal ponto que elas começam a ultrapassar os limites normais da coluna. As raízes nervosas nessa patologia ficam comprimidas, inflamadas e a dor surge.

A osteocondrose afeta quase toda a coluna e, dependendo de qual parte da coluna é mais afetada, é assim que a doença é chamada na prática clínica.

A mais "popular", conhecida por muitos, é a osteocondrose lombar. Há também uma definição de cervical, que é a segunda mais comum: há osteocondrose sacral, torácica e generalizada. Existem também patologias cruzadas - lombossacral ou, por exemplo, cervicotorácica.

Os sintomas da osteocondrose podem ser bastante variados, mas, mais cedo ou mais tarde, todos eles aumentam e se manifestam clinicamente. É claro que é muito mais fácil e rápido tratar a osteocondrose nos estágios iniciais de seu desenvolvimento, quando os seguintes sinais são perceptíveis:

• Sensações dolorosas e incômodas na área da coluna afetada pelo processo degenerativo.
• Tensão crônica no tecido muscular (especialmente característica da osteocondrose cervical).
• Estalos ao girar o corpo e o pescoço.
• Dor de cabeça, incluindo cefaleia tensional (com osteocondrose cervical).
• Dor aguda na região do peito, muitas vezes lembrando dor cardíaca (com osteocondrose torácica).

A osteocondrose na fase inflamatória apresenta sintomas que obrigam a pessoa a consultar um médico, pois causam desconforto mais pronunciado:

• Irradiação de dor nos membros.
• Dormência nos dedos das mãos ou dos pés.
• A dor irradia para as pontas dos dedos das extremidades.
• Dor intensa na coluna ao realizar atividades físicas simples.
• Aumento da dor com pequenos solavancos ou choques, por exemplo, ao viajar em transportes.
• Incapacidade de realizar tarefas simples que envolvam girar ou dobrar o corpo.
• Limitação geral da mobilidade e da atividade motora.

Os fatores que podem provocar problemas na coluna, chamados osteocondrose, são bastante variados, mas o primeiro lugar é ocupado pela já mencionada hipodinâmica. Entre outras causas, citamos as seguintes:

• Funcional - trabalho monótono mantendo a mesma postura.
• Biomecânicos – pés chatos, anomalias congênitas no desenvolvimento da coluna vertebral.
• Hormonais – alterações nos níveis hormonais devido a mudanças relacionadas à idade.
• Infecciosa - distrofia do ambiente intervertebral causada por um processo inflamatório.
• Metabólico – excesso ou insuficiência de peso corporal.

Os fatores que provocam a osteocondrose, ou seja, a deformação e a distrofia dos discos intervertebrais, geralmente ocorrem de forma complexa e quase nunca são isolados.

O desenvolvimento da osteocondrose é dividido nas seguintes etapas:

1. Alterações na biomecânica dos discos devido à degeneração tecidual e alterações distróficas. Esta é uma fase pré-clínica, quando os sinais, se houver, são muito fracos e não se manifestam. Nesta fase, o anel fibroso que envolve o disco começa a se esticar ou, inversamente, a se contrair.
2. O segundo estágio é caracterizado por maior instabilidade do disco. O anel fibroso não é simplesmente esticado, suas fibras são estratificadas e o anel começa a se romper. Devido ao pinçamento das raízes nervosas, surge dor na coluna e as alterações degenerativas progridem. O tecido colágeno continua a se deteriorar e a altura normal da distância intervertebral diminui.
3. O disco frequentemente se rompe completamente, e essa patologia é acompanhada por inflamação, hérnia e pinçamento das terminações nervosas. A protrusão (perda) causa dor característica não apenas na área lesionada da coluna, mas também afeta os membros e partes próximas do corpo.
4. O estágio mais grave, quando a espondilose e outras doenças compensatórias da coluna se juntam à distrofia. Frequentemente, a vértebra, para compensar a perda de funções, achata-se, e o tecido elástico do anel fibroso é gradualmente substituído por cicatrizes e crescimentos ósseos.

Osteocondrose da coluna cervical

Quase todas as pessoas envolvidas em atividades intelectuais, desde crianças em idade escolar até idosos, sofrem de uma ou outra forma de osteocondrose da coluna cervical. A osteocondrose da coluna cervical é considerada uma doença associada ao aumento de cargas dinâmicas, causando degeneração dos discos intervertebrais e sua subsidência. O endurecimento e a proliferação do tecido cartilaginoso levam à violação das propriedades de absorção de choque dessa parte da coluna, e os movimentos da cabeça – inclinações, movimentos circulares e giros – tornam-se difíceis e são acompanhados por sinais característicos de osteocondrose.

Os sintomas que podem ser causados pela osteocondrose da coluna cervical não são específicos nos estágios iniciais da doença e são semelhantes aos de outras patologias não relacionadas ao sistema esquelético. A lista de manifestações da osteocondrose que devem ser diferenciadas e esclarecidas para determinar o diagnóstico correto é a seguinte:

• Dores de cabeça intensas que lembram crises de enxaqueca.
• Dor de cabeça que se espalha da parte de trás da cabeça até o pescoço.
• Dor de cabeça que piora ao tossir, virar a cabeça, espirrar.
• Dor de cabeça irradiando para o peito ou ombro.
• Tontura, distúrbios sensoriais – visão dupla, dificuldade de focar o olhar. Zumbido, em casos avançados, coordenação prejudicada dos movimentos.
• Sintomas semelhantes à dor cardíaca, em particular à dor da angina de peito – dor no coração, irradiando para a região cervical ou braço, abaixo da escápula. A dor pode se intensificar e não é aliviada com medicamentos cardíacos.
• Dor semelhante às sensações dolorosas associadas à hipertensão (peso na parte de trás da cabeça).

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Consequências e complicações

Antes de tratar a osteocondrose, assim como qualquer outra doença, é necessário descobrir suas causas, o que é bastante difícil quando se trata de patologias degenerativas da coluna vertebral. Os fatores que provocam a deformação dos discos intervertebrais da região cervical estão associados à especificidade anatômica dessa zona. As vértebras cervicais estão quase constantemente sob tensão devido à atividade motora geral insuficiente. Se levarmos em conta o estilo de vida sedentário de mais da metade da população ativa, o problema às vezes se torna insolúvel. Além disso, as vértebras cervicais são menores em tamanho do que as vértebras de outras áreas da coluna vertebral, e o canal interno é muito mais estreito. Um grande número de terminações nervosas, uma abundância de vasos sanguíneos, a presença da artéria mais importante que alimenta o cérebro – tudo isso torna a zona cervical extremamente vulnerável. Mesmo a menor redução no espaço intervertebral leva ao pinçamento das raízes nervosas, inchaço, inflamação e, consequentemente, à deterioração do suprimento sanguíneo para o cérebro. Frequentemente, a diminuição da atividade mental está associada ao fato de uma pessoa desenvolver osteocondrose da coluna cervical. Há uma anedota histórica que remonta a tempos não tão distantes, quando Margaret Hilda Thatcher repreendeu sua funcionária com as seguintes palavras: "Seu problema não é sua dor de cabeça ou sua própria visão da questão submetida a votação. O fato é que sua coluna simplesmente não está conectada ao seu cérebro, John." Esta famosa citação da "dama de ferro" caracteriza perfeitamente a condição causada pela osteocondrose da coluna cervical, quando às vezes isso acontece - a coluna não fornece a "nutrição" adequada à cabeça. Quanto à "nutrição", na verdade, não apenas o canal vertebral está envolvido, mas também o canal arterial que passa pelos processos nervosos transversos. A artéria vertebral vai até o crânio para nutrir o cerebelo; essa artéria também fornece nutrientes e oxigênio ao aparelho vestibular. A menor perturbação do fluxo sanguíneo por esses canais pode provocar ou agravar o curso da síndrome vegetativo-vascular. Além da DSV, a osteocondrose cervical causa sintomas típicos da síndrome radicular (radiculite), quando a dor irradia para as pontas dos dedos ou para um dedo, e a palidez da pele (marmoreio) é claramente visível. Uma das complicações mais desagradáveis provocadas pela osteocondrose cervical é a fibromatose palmar, também chamada de contratura de Dupuytren. Nessa doença, a aponeurose (placa tendínea) da palma é afetada e a função de flexão dos dedos é prejudicada.

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Diagnóstico de osteocondrose da coluna cervical

A osteocondrose da coluna cervical é diagnosticada por um especialista com base nas queixas do paciente e pode ser confirmada e esclarecida por meio de exame de raio X, ressonância magnética e tomografia computadorizada.

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Tratamento da osteocondrose da coluna cervical

A recuperação completa da osteocondrose cervical só é possível em seus estágios iniciais; no entanto, é possível aliviar os sintomas dolorosos da doença, prevenir exacerbações e eliminar algumas alterações patológicas na coluna. Portanto, não devemos nos esquecer da importância do tratamento oportuno da doença.

Como tratar a osteocondrose?

A osteocondrose não é fácil de tratar; via de regra, a terapia é prescrita da maneira mais abrangente possível, incluindo todos os meios disponíveis na medicina moderna. Além do tratamento medicamentoso conservador, também são utilizados fitoterápicos comprovados, acupuntura, um complexo de exercícios terapêuticos e, às vezes, cirurgias para eliminar hérnias e subluxações vertebrais. É importante reconhecer que osteocondrose e tratamento são dois conceitos com os quais uma pessoa doente lidará por um longo tempo, às vezes por toda a vida. Além da fase inicial, que visa aliviar os sintomas dolorosos, a terapia envolve ações constantes de restauração, reabilitação e prevenção. Doenças complexas e multicomponentes são sempre tratadas por um longo período. Se for feito um diagnóstico de osteocondrose, como tratá-la é a primeira questão que é decidida não apenas pelo médico, mas também pelo próprio paciente, uma vez que sua participação direta e observância responsável, bem como o cumprimento de todas as instruções, muitas vezes desempenham um papel decisivo na recuperação.

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Com o que tratar?

Lista de medicamentos mais frequentemente usados como remédio para osteocondrose:

• Um preparado homeopático complexo e eficaz que deve ser usado por um longo período, como qualquer outra homeopatia - Traumeel (em ampolas ou em comprimidos).
• Um remédio externo eficaz que alivia bem as dores musculares e articulares é a pomada de confrei ou symphytum.
• Anti-inflamatório não esteroidal – Ibuprofeno (na forma de pomada - externamente, em comprimidos - oralmente).
• Pomada de ação complexa da categoria de remédios homeopáticos – Ziel T.
• Ortofen é um medicamento em forma de comprimido da categoria dos AINEs (anti-inflamatórios não esteroidais).
• Diclofenaco - em ampolas, em comprimidos, na forma de pomada ou gel.
• Um medicamento da categoria dos glicocorticoides – fosfato de dexametasona.
• Uma pomada da categoria de anti-inflamatórios não esteroidais externos – indometacina.
• Um gel da categoria de anti-inflamatórios não esteroidais externos – cetoprofeno.
• Um medicamento da categoria de anti-inflamatórios não esteroidais externos – cefekon.

Se generalizarmos tudo o que envolve o tratamento de uma doença como a osteocondrose, o tratamento pode ser dividido nas seguintes etapas e tipos:

1. O uso de AINEs (anti-inflamatórios não esteroides) é considerado o padrão ouro no tratamento de todas as patologias degenerativas e distróficas dos sistemas ósseo e muscular. A primeira ação desses medicamentos é reduzir os sintomas de dor e a segunda é reduzir significativamente a inflamação.
2. Medicamentos que são chamados de relaxantes musculares, porque são realmente capazes de aliviar eficazmente a tensão e os espasmos musculares.
3. A terapia de tração é um tratamento de tração. Neste processo, bastante doloroso, mas eficaz, há um alongamento gradual dos tecidos e músculos que circundam as vértebras e, consequentemente, a distância intervertebral aumenta, aproximando-se do normal.
4. Medicamentos biogênicos, agentes vasculares que fornecem nutrição para áreas degeneradas do tecido e vitaminas do complexo B são bons para restaurar as capacidades funcionais de uma coluna deformada.
5. Sedativos que normalizam o sistema nervoso. A acupuntura é excelente para aliviar a tensão muscular e nervosa.
6. Procedimentos fisioterapêuticos – eletroforese, fonoforese, UHF, massagens, tratamentos com lama, balneoterapia, terapia magnética.
7. A correção da coluna durante o período de recuperação é realizada por meio de terapia manual.
8. O tratamento da osteocondrose também envolve exercícios constantes de uma variedade de exercícios de treinamento físico terapêutico.

Nos casos mais extremos, quando o curso da osteocondrose atinge o estágio final, também é indicada a intervenção cirúrgica, realizada na área de localização do processo inflamatório. Na maioria das vezes, a hérnia é operada, sendo possível remover o tecido ósseo deformado das vértebras adjacentes.

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Onde tratar a osteocondrose?

O autotratamento de quase todas as doenças é uma tendência observada em quase todos os países, mas é especialmente característico dos países pós-soviéticos, onde a estrutura tradicional de assistência médica ainda está passando por mudanças. Confusos com as inovações, muitas vezes simplesmente por ignorância, muitos de nós tentamos lidar com dores nas costas, no pescoço ou na região lombar por conta própria. Este momento pode ser chamado de primeiro estágio do tratamento, embora não muito eficaz, uma vez que a osteocondrose deve ser tratada apenas com a ajuda de um médico. O segundo estágio, quando as ações independentes não levam ao resultado desejado e duradouro, a pessoa pensa em consultar um médico e se depara com a seguinte questão: osteocondrose - como tratar, como tratar e, principalmente, onde tratar a osteocondrose? Primeiramente, você pode entrar em contato com seu terapeuta local, que provavelmente encaminhará o paciente para um exame - raio-X, exames de sangue e um encaminhamento para um neurologista. Em segundo lugar, você pode marcar uma consulta com um neurologista imediatamente; é aconselhável fazer pelo menos um exame de raio-X de toda a coluna antes da consulta. Em hipótese alguma você deve ir a extremos e procurar um massagista experiente. Qualquer massagem, antes de tudo, envolve um exame preliminar da condição do corpo, especialmente da coluna vertebral. O problema da osteocondrose também é tratado por vertebrologistas e vertebroneurologistas – médicos especializados em doenças da coluna vertebral.

A osteocondrose é uma doença complexa, mas os exemplos de muitas pessoas que superaram lesões graves na coluna comprovam que tudo é possível e alcançável. O principal é analisar sua atividade motora e tomar as medidas adequadas aos primeiros sinais de alerta que suas costas emitem. Você pode contatar um médico imediatamente e iniciar o tratamento ou, se a doença não for negligenciada, começar a se movimentar, porque, como disse Aristóteles, o mestre do grande Alexandre, o Grande, que se distinguiu por sua extraordinária atividade: "A vida requer e precisa de movimento, caso contrário, não é vida".

O que a história diz sobre a osteocondrose?

A etiologia da osteocondrose ainda é incerta; além disso, apesar das origens claramente antigas da doença, as doenças da coluna vertebral começaram a ser estudadas seriamente apenas no século XVIII. Desde então, as disputas e discussões sobre o verdadeiro "inimigo" que provoca alterações degenerativas nos discos intervertebrais não diminuíram. Entretanto, há muito tempo, na época de Hipócrates, havia tratados sobre quiropraxia que indicam que os antigos gregos também sofriam de dores nas costas. O próprio Hipócrates também se interessava tanto por problemas da coluna que realizou experimentos médicos questionáveis do ponto de vista moderno: seus alunos amarravam cuidadosamente o paciente pelos braços e pernas a um plano horizontal, com as costas para cima, esticando os membros o máximo possível. Em seguida, o grande curandeiro subia nas costas do paciente e começava a caminhar sobre ele. O pai fundador da medicina estava sinceramente convencido de que tal fixação, alongamento e massagem restaurariam a saúde da coluna, o que, segundo os antigos sábios gregos, era a chave para o destino feliz de uma pessoa. Para ser justo, deve-se notar que Hipócrates, mais tarde, colocou crianças especialmente treinadas de costas para evitar o risco de ferir uma coluna já doente com o peso de um adulto. Desde então, por muitos séculos consecutivos, as costas e a possível osteocondrose foram tratadas com tudo: socos, fricção com ervas, feitiços, acupuntura, cauterização e até picadas de abelha e cobra. É claro que, quando não há alternativa, o paciente concorda com uma cobra, embora médicos de séculos passados nunca tenham coletado estatísticas confiáveis que nos convencessem de que o método antigo de tratamento da osteocondrose seja uma panaceia. Alguma sistematização de métodos que ensinavam como tratar a osteocondrose começou apenas no final do século XVII. Ao mesmo tempo, surgiu a terminologia que formalizou as áreas aplicadas da medicina, entre as quais a quiropraxia. Dois séculos depois, ela foi dividida em quiropraxia e osteopatia. A primeira direção era puramente prática, usando métodos de força; os osteopatas eram mais teóricos e pesquisadores. Na junção dessas ciências, surgiu gradualmente a terapia manual, sem a qual hoje o tratamento da osteocondrose é praticamente impensável.

Quanto ao termo que define a doença "osteocondrose", uma história típica aconteceu com a osteocondrose, que é característica de outras enfermidades de etiologia incerta. Ela foi chamada por muitos nomes: lombosquialgia, radiculite, nódulo de Schmorl, ciática e espondilose. Os médicos levaram quase um século para finalmente entender a osteocondrose e chegar a um consenso. Hoje, todos os distúrbios e alterações patomorfológicas na coluna são incondicionalmente chamados de osteocondrose, com uma ressalva: a osteocondrose é uma doença distrófica do disco intervertebral sem hérnias (hérnias) e sem protrusão (degeneração do disco sem ruptura do anel fibroso).