Veias do membro superior

Existem veias superficiais e profundas no membro superior. Elas estão conectadas entre si por um grande número de anastomoses e possuem numerosas válvulas. As veias superficiais (subcutâneas) são mais desenvolvidas do que as profundas (especialmente no dorso da mão). As principais vias venosas da pele e do tecido subcutâneo começam nelas – as veias subcutâneas lateral e medial da mão, que recebem sangue do plexo venoso do dorso dos dedos.

Veias superficiais do membro superior

As veias metacarpais dorsais (vv. metacarpales dorsales, 4 no total) e as anastomoses entre elas formam a rede venosa dorsal da mão (rete venosum dorsale manus) na superfície dorsal dos dedos, metacarpo e punho. Na superfície palmar da mão, as veias superficiais são mais finas do que na superfície dorsal. Elas se originam do plexo venoso dos dedos, no qual se distinguem as veias digitais palmares (vv. digitales palmares). Através de numerosas anastomoses, localizadas principalmente nas laterais dos dedos, o sangue flui para a rede venosa dorsal da mão.

As veias superficiais do antebraço, nas quais as veias da mão continuam, formam um plexo, no qual as veias subcutâneas lateral e medial da mão são claramente visíveis.

A veia safena lateral do braço (v. cefálica) começa na parte radial da rede venosa da superfície dorsal da mão, sendo uma continuação da primeira veia metacarpal dorsal (v. metacarpals dorsalis prima). Ela segue da superfície dorsal da mão até a superfície anterior da borda radial do antebraço e, alargando-se, vai para a fossa cubital. Aqui, a veia safena lateral do braço anastomosa-se através da veia intermediária do cotovelo com a veia safena medial do braço. Em seguida, a veia continua para o ombro no sulco lateral do bíceps braquial, depois no sulco entre os músculos deltoide e peitoral maior, perfura a fáscia e flui sob a clavícula para a veia axilar.

A veia safena medial do braço (v. basílica) é uma continuação da quarta veia metacarpal dorsal (v. metacarpalis dorsalis, 4ª). Ela passa do dorso da mão para o lado ulnar na superfície anterior do antebraço e segue até a fossa cubital, onde recebe a veia intermediária do cotovelo. Em seguida, a veia safena medial ascende ao longo do sulco medial do músculo bíceps braquial até o ombro. Na borda de seus terços inferior e médio, ela perfura a fáscia e desemboca em uma das veias braquiais.

A veia intermediária do cotovelo (v. intermedia cubiti) não possui válvulas e está localizada sob a pele, na região anterior do cotovelo. Ela corre obliquamente da veia safena lateral do braço para a veia safena medial do braço, também se anastomosando com as veias profundas. Frequentemente, além das veias safenas lateral e medial, a veia intermediária do antebraço (v. intermedia antebrachii) está localizada no antebraço. Na região anterior do cotovelo, ela deságua na veia intermediária do cotovelo ou se divide em dois ramos, que deságuam independentemente nas veias safenas lateral e medial do braço.

Veias profundas do membro superior

Veias profundas (pareadas) da superfície palmar da mão acompanham as artérias e formam arcos venosos superficiais e profundos.

As veias digitais palmares fluem para o arco venoso palmar superficial (arcus venosus palmaris superficialis), localizado próximo ao arco palmar superficial arterial. As veias metacarpais palmares pareadas (vv. metacarpals palmares) vão para o arco venoso palmar profundo (arcus venosus palmaris profundus). Os arcos venosos palmares profundos, bem como os superficiais, continuam para as veias profundas do antebraço - as veias ulnares e radiais pareadas (vv. ulnares e vv. radiales), que acompanham as artérias de mesmo nome. As duas veias braquiais (vv. brachiales), formadas a partir das veias profundas do antebraço, antes de atingirem a cavidade axilar, no nível da borda inferior do tendão do músculo grande dorsal, fundem-se em um tronco - a veia axilar (v. axillaris). Esta veia continua até a margem lateral da primeira costela, onde passa para a veia subclávia (v. subclávia). A veia axilar, como suas tributárias, possui válvulas. É adjacente ao semicírculo anteromedial da artéria axilar, coleta sangue das veias superficiais e profundas do membro superior. Suas tributárias correspondem aos ramos da artéria axilar. As tributárias mais significativas da veia axilar são a veia torácica lateral (v. thoracica lateralis), na qual as veias toracoepigástricas (vv. thoracoepigastricae) fluem, anastomosando-se com a veia epigástrica inferior - uma tributária da veia ilíaca externa. A veia torácica lateral também recebe veias finas que se conectam com as veias intercostais posteriores I-VII. As veias toracoepigástricas recebem vasos venosos que emergem do plexo areolar (plexus venosus areolaris), formado pelas veias subcutâneas da glândula mamária.

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