Tonometria

Tonometria é a medição da pressão intraocular (a pressão dentro do olho). Os instrumentos utilizados na tonometria deformam a superfície da córnea com uma pequena força, que é usada para calcular a pressão intraocular.

Os tonômetros são de aplanação ou de impressão. Cada tipo de tonômetro opera com base na premissa de que todos os olhos têm a mesma rigidez, espessura da córnea e fluxo sanguíneo.

Tonômetro de aplanação

A tonometria de aplanação, introduzida em 1954, baseia-se na lei de Imbert-Fick, que afirma que a pressão intraocular é igual à força necessária para achatar uma superfície esférica pela superfície de contato do tonômetro. A tonometria de aplanação de Goldmann é o "padrão ouro" e o método de tonometria mais comumente utilizado. O método é utilizado apenas com o paciente em uma lâmpada de fenda. A córnea é examinada através de uma lente prismática dupla localizada na parte superior da ponta cônica do dispositivo, iluminada obliquamente com luz azul-cobalto. Com a cabeça do paciente imóvel, a ponta achatada é cuidadosamente colocada contra a córnea anestesiada e corada com fluoresceína. O médico observa na lâmpada de fenda o menisco do filme lacrimal ao redor da ponta do tonômetro. Esses anéis fluorescentes coincidem quando a pressão da ponta se torna igual à pressão intraocular. A escala graduada no dispositivo mede a força em gramas e a converte em milímetros de mercúrio, multiplicando-a por dez.

Com um diâmetro de círculo de achatamento de 3,06 mm, a tensão superficial do filme lacrimal equilibra a força necessária para superar sua rigidez. Assim, a força aplicada corresponde à pressão intraocular. A ponta achata a superfície da córnea em menos de 0,2 mm, desloca 0,5 μl de umidade, aumenta a pressão intraocular em 3% e fornece um resultado de medição confiável de ± 0,5 mm Hg. Com astigmatismo alto (mais de 3 D), o meridiano corneano mais plano deve ser deslocado em 45° em relação ao eixo do cone. Isso pode ser facilmente alcançado alinhando a linha vermelha na parte superior do tonômetro com o mesmo eixo do cilindro negativo do olho.

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Tonômetro Schiotz

O tonômetro de Schiotz, usado desde 1905, é um tonômetro de impressão clássico. Para a tonometria, o paciente deve deitar-se de costas. Ao contrário do tonômetro de aplanação, o grau de indentação da córnea com o tonômetro de Schiotz é proporcional à pressão intraocular. Essa deformação cria mudanças imprevisíveis e relativamente grandes no volume intraocular. O tonômetro de Schiotz pesa 16,5 g, seu peso principal está preso ao êmbolo e pesa 5,5 g. Em valores elevados de pressão intraocular, esse peso pode ser aumentado para 7,5; 10 ou 15 g. A base calibrada do tonômetro é cuidadosamente colocada sobre a córnea após sua anestesia preliminar, e o movimento vertical livre para baixo do êmbolo conectado determina a leitura na escala. Tabelas de conversão baseadas em dados empíricos de estudos oculares de cadáveres e estudos in vivo são usadas para avaliar a pressão intraocular. Essas tabelas pressupõem rigidez ocular padrão, portanto, se a rigidez escleral estiver prejudicada (por exemplo, após cirurgia para descolamento de retina), o tonômetro de Schiotz pode mostrar resultados distorcidos.

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Tonômetro de Perkins

Este tonômetro de aplanação portátil tipo Goldmann é particularmente útil para examinar bebês e crianças. Possui uma fonte de luz alimentada por bateria e pode ser usado com o paciente em pé ou em decúbito dorsal. A força de aplanação é variada girando um mostrador calibrado com o mesmo dispositivo de medição do tonômetro de Goldmann.

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Caneta Tono

O tonômetro manual tone-pen (Mentor Ophthalmix, Santa Barbara) pode medir a pressão intraocular tanto em pacientes sentados quanto em decúbito dorsal. O método é especialmente adequado para crianças e pacientes com córneas lesionadas ou edematosas, quando é impossível usar uma lâmpada de fenda. Nos tonômetros do tipo Mackay-Marg, aos quais o tone-pen pertence, os efeitos da rigidez da córnea são transmitidos para a luva circundante, de modo que a placa central mede apenas a pressão intraocular. Um microprocessador no tone-pen, conectado a um extensômetro, mede a força com que a placa central, de 1,02 mm de diâmetro, achata a superfície da córnea. Com 4 a 10 medições no mesmo olho, obtém-se um resultado final com uma variabilidade entre os resultados aceitáveis mais baixos e mais altos de menos de 5, 10, 20% ou mais.

Pneumotonômetro

O pneumotonômetro é um dispositivo portátil que pode ser usado quando uma lâmpada de fenda não está disponível. O paciente pode estar sentado ou deitado de costas durante o exame, e a superfície da córnea do olho examinado pode ser irregular. Assim como o Tono-Pen, este tonômetro do tipo Mackay-Marg possui uma superfície sensível no centro, e um rolo ao redor transmite a força necessária para superar a rigidez da córnea.

A área sensível central é um diafragma de silicone que recobre o êmbolo de ar. Quando essa membrana elástica é colocada sobre a córnea, ela impede que o gás escape do êmbolo, fazendo com que a pressão do ar aumente até se igualar à pressão intraocular. Um sensor eletrônico mede a pressão do ar na câmara.

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