Determinação do isopropanol (álcool isopropílico)

O isopropanol (C3H7OH _{, álcoolisopropílico} ) é utilizado como solvente na indústria e em diagnósticos laboratoriais clínicos. É menos tóxico que o metanol e o etilenoglicol.

A intoxicação por isopropanol não é frequentemente observada na prática clínica. Quando ingerido, o isopropanol é rapidamente absorvido e metabolizado pela álcool desidrogenase para formar acetona, CO2 _e água. A meia-vida do isopropanol é de aproximadamente 3 horas, sendo considerada uma dose letal de 250 ml. O quadro clínico da intoxicação se manifesta por tontura, fala arrastada, dor de cabeça, náusea, vômito, dor abdominal, gastrite hemorrágica, diarreia, ataxia, hipotensão arterial, estupor e coma. Bradicardia, rabdomiólise e hemólise se desenvolvem. A concentração de isopropanol no sangue acima de 40 mg% é considerada intoxicação grave; em concentrações acima de 100 mg%, desenvolve-se coma; concentrações acima de 350 mg% são consideradas letais. Acidose metabólica grave e um hiato aniônico alto frequentemente acompanham a intoxicação por isopropanol, mas não são específicos. Acidose láctica e altas concentrações de acetona no sangue e na urina são características. A presença de acetona no sangue e na urina, especialmente em altas concentrações, em pacientes em coma sugere intoxicação por isopropanol.

Metanol, etilenoglicol e isopropanol são metabolizados de forma semelhante ao etanol e também causam acidose metabólica, embora os produtos metabólicos reais desses álcoois sejam diferentes.

Características dos efeitos tóxicos de vários álcoois

Álcool	Metabólitos	Acidose	Cetose	Manifestações clínicas
Etanol Etilenoglicol Metanol Isopropanol	Acetaldeído Glicolaldeído Glioxal Formaldeído Formato Acetona	+++ ++-	+ - - ++	Cetoacidose alcoólica Insuficiência renal Cegueira Traqueobronquite hemorrágica, gastrite

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