Éfedra ou ma guang

Principais funções

• Melhora o desempenho atlético.
• Promove a perda de peso.

Fundamentos teóricos

A efedra, ou Ma Guang, é uma erva usada na medicina chinesa há quase 5.000 anos. Historicamente, a efedra tem sido usada para resfriados, para estimular o sistema nervoso central e para tratar asma brônquica. Seus ingredientes ativos são a efedrina e a pseudoefedrina. Esses dois ingredientes são geralmente classificados como produtos medicinais. A efedra é considerada um simpaticomimético; seus hormônios miméticos, epinefrina e norepinefrina, estimulam o sistema nervoso central.

A efedra pode melhorar o desempenho atlético aumentando o débito cardíaco, dilatando as vias aéreas brônquicas, melhorando a contratilidade muscular e (possivelmente) aumentando os níveis de glicose no sangue durante o exercício.

Resultados da pesquisa

White et al. estudaram os efeitos da efedra na frequência cardíaca e na pressão arterial em adultos normotensos. Doze indivíduos participaram do estudo em duas fases. Na primeira fase, eles foram submetidos à monitorização ambulatorial da pressão arterial a cada 15 minutos, entre 7h e 8h; na segunda fase, a pressão arterial foi medida da mesma forma, mas os indivíduos receberam 375 mg de efedra no café da manhã e no jantar.

Três horas após o consumo de efedra, quatro pessoas apresentaram um leve aumento na pressão sistólica e seis apresentaram um aumento significativo na frequência cardíaca. No entanto, o aumento da pressão e da frequência cardíaca não foi acompanhado por sintomas clínicos. Os autores concluíram que, embora a efedra seja segura para pessoas com pressão arterial normal, a combinação desse poderoso estimulante com outros, como a cafeína, pode aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial.

Ramsey et al. estudaram os efeitos de uma combinação de efedrina e cafeína na composição corporal de macacos. Doze animais foram divididos em grupos de baixo peso e sobrepeso. Os macacos foram testados durante um período de controle de 7 semanas, recebendo 6 mg de efedrina e 50 mg de cafeína três vezes ao dia durante 8 semanas e placebo por 7 semanas. A ingestão de alimentos foi monitorada durante todo o experimento, e o gasto energético foi calculado a partir do consumo de oxigênio. Os resultados mostraram que a efedrina mais cafeína diminuiu a massa gorda em ambos os grupos de macacos. Nos macacos de baixo peso, isso foi devido a um aumento no gasto energético em repouso apenas, enquanto nos macacos com sobrepeso, isso foi devido a um aumento no gasto energético em repouso e uma diminuição na ingestão alimentar.

Há preocupações com o doping. Atletas podem não saber que efedrina ou outros estimulantes estão presentes em ervas cujos nomes desconhecem. Portanto, o consumo não intencional dessas ervas por atletas de elite pode levar à suspeita de doping. A efedrina é proibida pelo COI e pela NCAA.

Recomendações

Não há evidências comprovadas de que a efedrina possa melhorar o desempenho atlético. Embora alguns estudos tenham concluído que a efedrina promove a perda de peso, sua segurança é questionável. De acordo com a Food and Drug Administration (FDA), desde 1993, 17 pessoas morreram e 800 adoeceram em decorrência do uso de suplementos de efedrina. As reações adversas à efedrina incluem pressão alta, batimentos cardíacos irregulares, insônia, nervosismo, tremores, dores de cabeça, ataques cardíacos, derrames e morte.

A APM recomenda uma dose diária máxima de 24 mg de efedrina. Cada suplemento deve conter no máximo 8 mg de efedrina ou um alcaloide relacionado. Os suplementos devem ser usados por no máximo uma semana. Recomenda-se também que todos os produtos que contenham efedrina apresentem um aviso no rótulo de que o consumo de uma dose superior à recomendada pode causar ataque cardíaco, derrame, convulsões ou morte. A combinação de produtos que contêm efedrina com cafeína aumenta os efeitos nocivos.

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