Paraproctite - Sintomas

De acordo com o curso clínico, a paraproctite é dividida em aguda e crônica.

Paraproctite aguda é uma inflamação purulenta (abscesso) do tecido perirretal.

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Sintomas de paraproctite aguda

A doença tem um período prodrômico curto (não mais que 3 dias), durante o qual podem ser observados fraqueza, dor de cabeça e mal-estar geral. Em seguida, aparecem os sintomas típicos da paraproctite: calafrios, febre e dor no períneo. A gravidade dos sintomas clínicos é determinada pela reatividade do corpo, pelo tipo de bactéria que causou o processo inflamatório e por qual dos espaços fasciocelulares é afetado. Quando os espaços celulares da pequena pelve são afetados por flegmão, os sintomas gerais causados pela intoxicação prevalecem no quadro clínico. À medida que o processo é delimitado e um abscesso se forma, a intensidade da dor aumenta, tornando-se pulsante. Dependendo da intensidade do processo inflamatório, esse período dura de 2 a 10 dias. Então, se o tratamento cirúrgico não for realizado, a inflamação se espalha para os espaços celulares adjacentes da pelve, e o abscesso é esvaziado no reto ou na pele do períneo. Após a abertura do abscesso, três desfechos são possíveis:

1. recuperação;
2. formação de fístula retal (paraproctite crônica);
3. desenvolvimento de paraproctite recorrente com exacerbações mais ou menos frequentes do processo inflamatório.

A paraproctite crônica é uma consequência de inflamação aguda. Trata-se de uma fístula pararretal formada após a abertura espontânea de um abscesso ou sua abertura por método cirúrgico. A abertura interna da fístula é um defeito no reto. A abertura externa está localizada na pele do períneo. Em alguns casos, podem ser observados vários trajetos fistulosos e várias aberturas externas das fístulas.

Sintomas de paraproctite crônica

Os sintomas desta forma de paraproctite são consequência de uma infecção aguda. Nos casos em que a abertura interna do reto não é eliminada após a abertura do abscesso, pode ocorrer a formação de uma fístula retal (paraproctite crônica). A fístula retal é caracterizada pela presença de uma ou mais aberturas externas na pele do períneo, próximo ao ânus. Pus, às vezes fezes e gases podem ser liberados pelas aberturas externas do trajeto da fístula.

O estado geral dos pacientes com paraproctite crônica "sofre" pouco. A dor não é o principal sintoma da doença. Ela aparece apenas durante uma exacerbação do processo. A natureza e a quantidade de secreção da fístula dependem da atividade do processo inflamatório. Deve-se notar que, enquanto a fístula está funcionando (sua abertura externa está aberta), as recidivas da paraproctite aguda ocorrem raramente. Ao mesmo tempo, existe uma forma especial da chamada paraproctite aguda recorrente. Com ela, a abertura interna pontual no reto pode ser temporariamente fechada por uma cicatriz macia, e a fístula para de funcionar. Se a cicatriz for danificada, a paraproctite reaparece.

Dependendo da localização do trajeto da fístula em relação ao músculo esfíncter, existem 4 tipos de fístulas:

• subcutânea-submucosa, ou intraesfincteriana - a fístula está localizada sob a membrana mucosa ou no tecido subcutâneo dentro do músculo esfincteriano;
• transesfincteriana - a fístula é direcionada do intestino para o exterior através da espessura do esfíncter;
• Complexa ou extraesfincteriana - o trajeto da fístula circunda o esfíncter a partir do exterior. Nesse tipo de fístula, a abertura interna geralmente está localizada no polo superior do esfíncter. Fístulas complexas podem ter formato de ferradura. Nesses casos, a abertura interna da fístula, localizada ao longo da parede posterior do reto, dá origem a dois trajetos fistulosos que se abrem na pele, com duas aberturas em cada lado do ânus;
• Fístulas incompletas apresentam apenas uma abertura interna no reto e nenhuma abertura externa no períneo. A origem de sua formação costuma ser uma fissura anal.