Medicina complementar e alternativa

Medicina complementar e alternativa incluem uma variedade de abordagens e terapias de cura originárias de todo o mundo e que não se baseiam nos métodos da medicina ocidental convencional. Essas terapias são chamadas de medicina alternativa quando utilizadas isoladamente e medicina complementar quando utilizadas em conjunto com a medicina convencional. Medicina integrativa refere-se ao uso de todas as abordagens terapêuticas apropriadas (convencionais e alternativas) dentro de uma estrutura que se concentra na pessoa como um todo e fortalece o relacionamento entre o profissional de saúde e o paciente. Para facilitar a compreensão, o termo medicina alternativa é usado ao longo deste capítulo.

A medicina alternativa inclui terapias e práticas de saúde não amplamente ensinadas na maioria das faculdades de medicina; no entanto, muitas dessas práticas são populares, e algumas são usadas em hospitais e reembolsadas por planos de saúde em caso de falhas. Um número crescente de pacientes em países ocidentais está disposto a experimentar a medicina alternativa. Nos Estados Unidos, em 2002, 36% das pessoas com mais de 18 anos utilizavam alguma forma de medicina alternativa; quando a oração pela saúde é incluída como um componente da medicina alternativa, essa porcentagem sobe para 62%.

Embora a distinção entre medicina convencional e alternativa nem sempre seja fácil de definir, há uma diferença filosófica básica entre as duas. A medicina convencional tipicamente define saúde como a ausência de doença; acredita-se que a doença resulte de fatores isolados (por exemplo, patógenos, desequilíbrios bioquímicos), e o tratamento frequentemente envolve medicamentos ou cirurgia. A medicina alternativa frequentemente define saúde como um equilíbrio dos sistemas do corpo — físico, emocional e espiritual — que abrange todo o paciente; é mais holística. Acredita-se que a doença resulte de desarmonia e desequilíbrios entre os sistemas do corpo. Tais teorias baseiam-se mais em conceitos de energia e função do que em conceitos de anatomia e organização estrutural. O tratamento frequentemente envolve o fortalecimento da vitalidade do próprio corpo e a restauração desses equilíbrios e fluxos de energia.

Os pacientes com maior probabilidade de buscar medicina alternativa incluem aqueles diagnosticados com dor crônica nas costas, estresse nervoso, dores de cabeça, enxaquecas, sintomas da menopausa, câncer e artrite. Alguns pacientes buscam medicina alternativa quando a medicina convencional não oferece esperança, especialmente no fim da vida.

Em 1992, o Escritório de Medicina Alternativa foi criado dentro dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) para pesquisar a eficácia e a segurança das terapias alternativas. Em 1999, esse escritório tornou-se o Centro Nacional de Medicina Complementar e Alternativa (NCCAM; consulte www.nccam.nih.gov ).

Algumas terapias alternativas demonstraram ser eficazes no tratamento de certas condições de saúde. No entanto, essas terapias são frequentemente utilizadas de forma mais ampla e sem evidências de sua eficácia. Algumas terapias alternativas foram consideradas ineficazes e não podem ser aprovadas para uso. Outras não podem ser explicadas pelos princípios científicos atuais. A maioria das formas de medicina alternativa não foi adequadamente estudada; no entanto, a falta de evidências não constitui evidência de ineficácia.

O número de casos positivos documentados para muitas terapias complementares é alto. No entanto, algumas terapias alternativas têm potencial negativo. Usar uma abordagem alternativa em vez de uma abordagem convencional comprovada acarreta riscos enormes, mas isso raramente acontece.

Como a FDA regula ervas e medicamentos de forma diferente, os fabricantes de medicamentos fitoterápicos não precisam comprovar sua segurança, apesar de muitas ervas conterem substâncias com atividade farmacológica significativa. Terapias alternativas que utilizam manipulação corporal ou outras intervenções não químicas também podem causar danos. Para a maioria dos tipos de medicina alternativa, o dano potencial não foi estabelecido, nem descartado; no entanto, em alguns casos, o dano potencial foi comprovado, mas amplamente criticado pelos defensores da abordagem.

A medicina alternativa pode ser classificada de várias maneiras; cada uma delas se baseia em teorias subjacentes sobre as origens das doenças ou os fatores que contribuem para elas. Existem cinco categorias de medicina alternativa geralmente reconhecidas: sistemas médicos alternativos, terapias mente-corpo, terapias de base biológica, terapias manipulativas e baseadas no corpo e terapias energéticas. Os nomes de muitas terapias descrevem apenas parcialmente seus componentes.

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