Foi desenvolvida uma nova vacina contra todas as estirpes de malária

Os líderes de uma equipe internacional de cientistas relataram ter desenvolvido recentemente uma nova vacina poderosa destinada a combater diversas cepas de malária. Pela primeira vez, os especialistas conseguiram usar células T protetoras contra os parasitas causadores da malária.

Os primeiros experimentos foram realizados em animais e, após a conclusão dos experimentos, os cientistas relataram que o novo método ajudou a proteger todos os animais da malária. No momento, a vacina é única, pois até agora nenhuma outra vacina conhecida pela medicina apresentou tal efeito.

A equipe da Universidade Griffith enfatiza que absolutamente todas as cepas de malária são diferentes umas das outras. A principal diferença entre as cepas está nas partículas de superfície (moléculas) que podem ser reconhecidas pelos anticorpos. A imperfeição das vacinas criadas anteriormente é que elas promovem a formação de anticorpos específicos.

As imunoglobulinas (também conhecidas como anticorpos) são uma classe distinta de glicoproteínas encontradas tanto no soro sanguíneo quanto na superfície dos linfócitos B. Os anticorpos têm a capacidade de se ligar a certos tipos de moléculas. As principais funções que os anticorpos desempenham no corpo são a ligação (com moléculas de um determinado tipo) e a efetora (o sistema imunológico do corpo usa anticorpos para neutralizar ou destruir células estranhas). Todas as imunoglobulinas têm ambas as funções: uma parte da molécula é responsável pelas funções efetoras e a segunda é responsável pelo reconhecimento e ligação de antígenos.

Nas últimas décadas, especialistas americanos e europeus têm trabalhado na criação de uma vacina universal que possa prevenir a malária. A malária é uma doença perigosa, anteriormente chamada de febre dos pântanos, um grupo de doenças infecciosas. A doença geralmente é transmitida aos humanos pela picada de um mosquito e é acompanhada de calafrios, febre, aumento dos órgãos internos e anemia. Todos os anos, mais de 350 milhões de casos de malária são registrados em todo o mundo, e cerca de um milhão e meio de casos de infecção terminam em morte.

Após a infecção pela malária, os parasitas ficam dentro dos glóbulos vermelhos. O principal objetivo dos pesquisadores era determinar a possibilidade de destruir os parasitas com a ajuda das células T protetoras, que estão dentro dos linfócitos (glóbulos brancos). Os cientistas afirmam que a nova vacina será capaz de proteger as pessoas da doença, bem como de todas as cepas de malária atualmente conhecidas. Os testes em animais foram bem-sucedidos, portanto, os especialistas estão confiantes de que os experimentos subsequentes também serão bem-sucedidos. Os cientistas acreditam que um ponto importante é que os custos financeiros e de tempo não são muito altos, de modo que a vacina estará disponível mesmo em países de baixa renda. O maior número de infecções é registrado anualmente na África, Ásia e Oceania. Nas últimas duas décadas, o número de casos fatais dobrou e, se a medicina não intervir, então, de acordo com as previsões, em vinte anos, a taxa de mortalidade aumentará várias vezes mais.

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