Apesar de cicatrizes hipertróficas, como cicatrizes queloides, serem geralmente consideradas patológicas, elas têm mais em comum com cicatrizes fisiológicas normais do que com cicatrizes queloides.
Cicatrizes hipotróficas ocorrem como resultado da destruição profunda do tecido cutâneo e da gordura subcutânea. Essas cicatrizes podem surgir após formas profundas de acne e catapora e têm aparência marcada, aproximadamente do mesmo tamanho e formato, com bordas bem definidas de pele saudável e, frequentemente, bordas em forma de cratera.
A rigor, as cicatrizes atróficas são uma variante das cicatrizes normotróficas. Essas cicatrizes, assim como as normotróficas, localizam-se rente à pele circundante, mas se formam onde praticamente não há gordura subcutânea.
O primeiro médico que deve começar a tratar um paciente com cicatrizes normotróficas extensas é o cirurgião plástico. E somente após a conclusão do trabalho do cirurgião, o dermatocosmetologista deve começar a trabalhar com as cicatrizes remanescentes.
Como observado acima, a adição de uma infecção secundária e a inflamação crônica que a acompanha contribuem para o aparecimento de queloides e cicatrizes hipertróficas.
Além dos cuidados adequados com as superfícies das feridas e suturas pós-operatórias, é importante saber que os pacientes devem receber nutrição adequada no período pós-operatório, pois a falta de substâncias vitais recebidas pelo corpo do exterior pode ter um efeito adverso nos processos de reparação da pele.
Após a queda das crostas ou coberturas da ferida após a dermoabrasão ou após o tratamento de queimaduras, a superfície epitelizada apresenta uma coloração rosa-avermelhada devido aos vasos dilatados e ao período de recuperação pós-inflamatória em andamento nos tecidos.
Ao cobrir feridas com películas impermeáveis à água e às bactérias e que permitem a troca gasosa normal, um ambiente úmido é criado na ferida, o que estimula a remoção de produtos de autólise do tecido necrótico e a destruição do excesso de colágeno.
Durante muito tempo, em centros que realizavam resurfacing cirúrgico, o meio mais eficaz de cuidar da superfície pós-operatória era uma solução de KMnO4 a 5%.
É necessário iniciar os procedimentos quase imediatamente após a cirurgia para ajudar o corpo a lidar com linfostase, isquemia, edema, hematomas e evitar inflamação.
