Os adultos precisam de ser vacinados para evitar uma epidemia?

Quando se trata de combater a epidemia, todos falam da necessidade de vacinação infantil. Mas e os adultos? Eles devem ser vacinados, quando e contra o quê?

De fato, os imunoterapeutas estão seriamente preocupados: na Ucrânia, quase nenhum adulto recebe a vacinação obrigatória, em particular contra a difteria. Por quê? O principal fator é a falta de informação necessária. Poucas pessoas sabem que também existem várias vacinas obrigatórias para adultos.

Especialistas explicaram quais vacinas você precisa se lembrar depois dos 20 anos e o que pode acontecer se você não fizer isso.

O Ministério da Saúde da Ucrânia prevê a revacinação obrigatória contra doenças como difteria e tétano. O fato é que a proteção imunológica formada após a vacinação contra essas doenças dura apenas de 8 a 10 anos. Portanto, recomenda-se a revacinação aos 26 anos e, posteriormente, a cada 10 anos.

Em alguns países, adultos são revacinados contra a coqueluche: na Ucrânia, a obrigatoriedade dessa vacinação depende da situação epidemiológica. No momento, não há necessidade urgente dessa vacinação.

O Ministério da Saúde também definiu uma lista de profissões cujos representantes são obrigados a se submeter à vacinação obrigatória. Trata-se de pessoas que, devido às suas atividades profissionais, podem entrar em contato direto com patógenos perigosos. Entre essas profissões estão profissionais da saúde, veterinários, trabalhadores de fazendas e frigoríficos, funcionários de instituições infantis, etc.

Segundo as estatísticas, 30 pessoas com coqueluche e tétano morreram na Ucrânia nos últimos três anos. No ano passado, a Organização Mundial da Saúde observou que a cobertura vacinal na Ucrânia é a menor entre outros países europeus. Por isso, os médicos estão preocupados, pois existem todos os pré-requisitos para o desenvolvimento de uma epidemia.

É geralmente aceito que uma epidemia infecciosa não ocorre se mais de 90% das pessoas tiverem imunidade à doença. Em nosso país, esse número é inferior a 40%.

Como aponta o renomado imunoterapeuta V. Kotsarenko, a maioria dos ucranianos não se vacina devido à migração interna. Ao se mudar de uma localidade para outra, as pessoas permanecem alocadas a uma clínica de acordo com seu registro. Um fator adicional é a baixa educação em saúde. Uma pessoa pode se lembrar da necessidade da vacinação apenas quando consegue um emprego (e mesmo assim nem sempre), ou quando se machuca com um prego enferrujado.

Há surtos episódicos da mesma difteria no ambiente adulto. Além disso, a doença é muito mais grave do que na infância. Em relação ao tétano, as estatísticas também são decepcionantes. Quando infectado com o bacilo do tétano, o risco de um paciente adoecer sem vacinação é muito maior. Vacinações repetidas são de vital importância, visto que estamos falando de patologias infecciosas verdadeiramente perigosas – a probabilidade de um desfecho fatal é muito alta", concluiu V. Kotsarenko.

Quanto às crianças, no ano passado apenas 46% dos pacientes jovens foram vacinados — e isso não representa nem uma em cada duas crianças.

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