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O número de pessoas que sofrem de azia aumentou drasticamente
Última revisão: 01.07.2025
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Um estudo norueguês de longo prazo mostra que o número de pessoas que sofrem de azia pelo menos uma vez por semana aumentou quase 50% nos últimos 10 anos. As descobertas levantam preocupações entre os cientistas de que tais tendências possam levar a um aumento nos casos de câncer de esôfago no futuro.
Os cientistas escrevem sobre suas descobertas no periódico Gut.
Azia, também conhecida como refluxo gastroesofágico, ocorre quando o conteúdo estomacal, incluindo alimentos e sucos gástricos ácidos, retorna para o esôfago. Isso irrita o revestimento do esôfago, causando azia e outros sintomas desconfortáveis.
No estudo, o autor principal Eivind Naess-Jensen, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (Levanger), e colegas analisaram a saúde gastrointestinal de quase 30.000 pessoas.
Os dados abrangem um período de 11 anos, entre 1995 e 2006. Os cientistas descobriram que:
- Durante o período do estudo, a prevalência de qualquer sintoma de refluxo aumentou em 30% (de 31,4% para 40,9% dos participantes), enquanto os sintomas mais graves aumentaram em 24% (de 5,4% para 6,7%).
- O número de pessoas que apresentaram sintomas de azia pelo menos uma vez por semana aumentou 47% (de 11,6% para 17,1%). Esse aumento foi evidente tanto em homens quanto em mulheres, e em todas as idades.
- Quase todos (98%) os participantes com sintomas graves de azia usaram medicamentos para aliviá-los pelo menos uma vez por semana, em comparação com 31% das pessoas com sintomas moderados.
- Mulheres com menos de 40 anos de idade tinham menos probabilidade de sofrer de esofagite de refluxo.
- A azia pode desaparecer espontaneamente sem medicação, mas neste estudo isso aconteceu apenas em 2% dos casos.
Uma explicação para o aumento da incidência de esofagite de refluxo é o número crescente de pessoas com sobrepeso e obesidade. Além disso, a esofagite de refluxo em mulheres pode estar associada ao uso de terapia de reposição hormonal (TRH).
Os cientistas alertam que: "O aumento da prevalência de esofagite de refluxo é preocupante, pois provavelmente contribui para o aumento da incidência de adenocarcinoma esofágico em populações ocidentais".