Os cientistas descobriram o segredo da longevidade

As mentes mais brilhantes da humanidade sempre se interessaram pela questão da expectativa de vida humana. O que deve ser feito para prolongar os anos de vida? Quais fatores influenciam a longevidade? É claro que muitos dirão que ecologia, um estilo de vida saudável e atividade física são componentes essenciais da saúde humana e, portanto, de uma vida longa. No entanto, nem tudo é tão simples quanto parece. Muitos também acreditam em um destino predeterminado para cada pessoa, e se ela está destinada a morrer cedo, então não há como escapar disso. Eu me pergunto o que a ciência dirá sobre isso?

Um grupo de cientistas do Centro Nacional de Pesquisa do Câncer da Espanha (CNIO), liderado pela diretora Maria Blasco, usando métodos inovadores de pesquisa em mamíferos, estabeleceu que a expectativa de vida no nível molecular é determinada pelos telômeros — as seções finais dos cromossomos que desempenham uma função protetora.

Os resultados do trabalho de pesquisa realizado por especialistas nos permitirão levantar a cortina sobre o mistério da existência humana.

Os telômeros são caracterizados pela incapacidade de se conectar com outros cromossomos, bem como pela fragmentação. Eles carregam informações hereditárias e protegem o DNA de danos e deformações.

Diversos estudos realizados anteriormente já confirmaram que a expectativa de vida é determinada pelo comprimento dos telômeros, ou seja, essas áreas são um indicador da longevidade humana. Ao mesmo tempo, a cada divisão celular, seu comprimento diminui.

Até agora, porém, mesmo com base no conhecimento existente, os especialistas não conseguiram prever a expectativa de vida real dos mamíferos.

"Estudos anteriores mostraram que pessoas com telômeros curtos têm um risco muito maior de desenvolver doenças como câncer e doenças cardiovasculares. No entanto, essa informação é bastante genérica e não se aplica a uma pessoa específica", afirma a autora principal, Maria Blasco.

Para tentar encontrar uma maneira real de "prever" o número de anos que a natureza nos reservou, especialistas estudaram o comprimento dos telômeros em camundongos.

Após analisar amostras de sangue de camundongos longevos, os pesquisadores descobriram que o número de anos vividos não dependia do comprimento do telômero em nenhuma idade, mas sim do encurtamento do telômero ao longo da vida.

“O que importa não é o comprimento dos telômeros, mas o quanto eles mudam ao longo do tempo”, comentam os cientistas.

Este estudo abre novos caminhos para explorar a influência de fatores de estilo de vida, como dieta, tabagismo e exercícios, na taxa de envelhecimento.

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