O doente foi salvo por uma injeção de álcool no coração.

Todo mundo sabe que o consumo excessivo de álcool é prejudicial à saúde, mas, ao que parece, uma pequena dose de álcool pode ter um efeito absolutamente salvador. Isso foi comprovado por Ronald Eldom, morador de Bristol, de 77 anos.

Ronald, que sofria de taquicardia ventricular, teve álcool injetado no coração, o que desencadeou um ataque cardíaco. No entanto, não pense que os médicos colocaram deliberadamente a vida do paciente em risco, muito pelo contrário – desta forma, o idoso foi salvo.

Os médicos diagnosticaram o homem com taquicardia ventricular, que se desenvolveu em um contexto de um ataque cardíaco anterior.

A taquicardia ventricular é caracterizada por dor torácica frequente e frequência cardíaca elevada. O coração não funciona tão bem, o que resulta em falta de ar, tontura e batimentos cardíacos acelerados. Se não tratada, a doença pode levar a consequências graves, chegando a um estágio mais perigoso: a fibrilação atrial, que pode causar parada cardíaca.

"Ronald veio ao nosso hospital depois de desenvolver sintomas de um ritmo cardíaco anormal causado por uma cicatriz em seu coração causada por um ataque cardíaco", diz o cardiologista Tom Johnson.

Os médicos tentaram tratar o Sr. Eldom com métodos tradicionais. Usaram medicamentos e ablação elétrica para remover o músculo que causava o batimento cardíaco irregular, mas não funcionaram. Então, decidiram tentar um tratamento bastante radical e incomum: ablação com etanol.

Esse procedimento é realizado muito raramente, e os médicos que trataram Eldom nunca o utilizaram na prática.

A ablação com etanol é um método no qual um cateter é inserido em uma veia da virilha e, em seguida, guiado através dos vasos até o coração. Dessa forma, os médicos podem determinar qual parte do músculo cardíaco está causando o ritmo cardíaco anormal. Isso possibilita o restabelecimento do ritmo cardíaco normal.

Uma pequena quantidade de álcool entra no coração, o que desencadeia um ataque cardíaco controlado. O Dr. Johnson diz que, se não tivessem usado a ablação com etanol, Ronald teria morrido. O risco era alto, mas valeu a pena.

Os médicos conseguiram um resultado e, graças aos seus esforços, a área muscular afetada pelo álcool foi removida sem problemas, e os batimentos cardíacos do idoso voltaram ao normal.

"Estou muito feliz e imensamente grato aos médicos que fizeram de tudo para me ajudar. Se não fosse por eles, eu provavelmente não teria sobrevivido", diz Ronald Eldom, agradecido.

Apenas três dias após a operação, o paciente recebeu alta para casa com excelente saúde.

Tais operações são muito raras, mas no caso de Ronald foram necessárias, pois sua vida estava em jogo. Apenas dez dessas operações foram realizadas nos últimos tempos.

Acontece que o álcool nem sempre é mau; às vezes, ele pode ser usado para salvar vidas humanas.