Os novos tratamentos para a depressão deixaram de lado os antidepressivos

Atualmente, novos métodos são utilizados no tratamento da depressão, o que tem deixado os antidepressivos em segundo plano.

Atualmente, não são utilizados apenas medicamentos para tratar estados depressivos graves, mas também a estimulação elétrica e magnética do cérebro, a terapia cognitivo-comportamental para combater o estresse, etc.

Os autores do novo projeto de pesquisa, Julie Alderson (professora e chefe do departamento de psiquiatria e neurociências comportamentais da Universidade Loyola de Chicago) e Murali Rao (MD), acreditam que, para tratar a depressão, é necessário primeiro compreender a causa fisiológica dessas condições. A depressão tem sido estudada por cientistas há mais de 50 anos e, como resultado, essa condição foi caracterizada como uma deficiência de reações químicas que facilitam a troca de sinais entre as células. Os antidepressivos clássicos utilizados no tratamento são projetados para aumentar ou bloquear a liberação de neurotransmissores – norepinefrina, dopamina e serotonina. Todos os antidepressivos clássicos ajudarão apenas em metade dos casos. Portanto, os autores do estudo decidiram direcionar todos os esforços para a compreensão das causas dos transtornos depressivos. Uma nova teoria do desenvolvimento da depressão atribui a causa a diferenças na densidade neuronal em diferentes partes do cérebro, bem como aos efeitos do estresse na produção e morte de células cerebrais, ao papel da inflamação induzida pelo estresse e às alterações nas vias de feedback no cérebro.

É geralmente aceito que o estresse constante é a causa mais comum do desenvolvimento da depressão. Os neurônios do hipocampo (a área do cérebro responsável pelas emoções, memória e capacidade de aprendizagem) começam a morrer gradualmente. É bem possível que todos os mecanismos desempenhem um papel importante nos transtornos mentais. Além disso, biomarcadores de depressão, que são moléculas, podem ser encontrados no corpo humano. Cientistas identificaram mais de uma dúzia de biomarcadores potenciais de depressão, em particular citocinas anti-inflamatórias, reguladores de monoaminas, bem como outros neurotransmissores de inflamação, etc.

Atualmente, os tratamentos mais eficazes são considerados dexametasona, anestésicos, benzodiazepínicos, antidepressivos tricíclicos ou atípicos, antagonistas do hormônio liberador de corticotropina, terapia comportamental de longo prazo, estimulação magnética transcraniana do cérebro, etc.

Esse tipo de tratamento leva vários meses. Como resultado, os autores do estudo criaram programas para tratar estados depressivos em média um mês e meio, mas isso não é suficiente para a recuperação completa.

A depressão é atualmente considerada a principal causa de incapacidade no mundo, depois das doenças musculoesqueléticas. Essa é a conclusão a que chegaram especialistas após comparar dados de mais de 200 doenças ou lesões. Como observam os especialistas, a depressão deve ser considerada um problema de primeira linha no mundo.

A OMS pretende tomar todas as medidas para combater esse grave transtorno mental e já desenvolveu um plano de ação para o tratamento da depressão.

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