Nem todos os vinhos são igualmente benéficos

Há muito tempo se discutem os benefícios do vinho na comunidade científica. Alguns pesquisadores têm certeza de que a bebida tem um efeito positivo no corpo humano, enquanto outros questionam as conclusões de seus colegas. O vinho pode tanto prejudicar a saúde humana quanto trazer benefícios, mas no Reino Unido, uma equipe de especialistas descobriu que apenas o vinho feito de acordo com uma receita antiga e em doses moderadas traz benefícios.

O vinho contém substâncias do grupo das procianidinas, que neutralizam a endotelina-1 (um peptídeo vasoconstritor), que tem um efeito negativo no funcionamento do coração e dos vasos sanguíneos.

Em um novo estudo, especialistas britânicos determinaram que nem todos os tipos de vinho são igualmente benéficos.

Vinhos produzidos de acordo com uma receita medieval, ainda utilizada na França e na Itália, podem ser considerados saudáveis. De acordo com a pesquisa, o vinho produzido na Austrália não contém nenhuma substância benéfica e, em essência, é apenas uma bebida inebriante. Especialistas acreditam que apenas o vinho envelhecido traz o máximo benefício, já que substâncias benéficas aparecem nele durante o processo de envelhecimento. Segundo especialistas, seu trabalho auxiliará no desenvolvimento de novos medicamentos para doenças vasculares e cardíacas.

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Mas nem todos concordaram com as conclusões dos britânicos; alguns especialistas acreditam que os vinhos cujas uvas são cultivadas em solo nativo, ou seja, o vinho nacional, são benéficos para a saúde. Além disso, muitos produtores de vinho aderem a métodos tradicionais e frequentemente utilizam receitas antigas, de modo que seus vinhos também podem competir com os vinhos de mestres italianos e franceses.

Além disso, de acordo com especialistas de outros países, não apenas as variedades de uva desempenham um papel importante nos benefícios do produto final, cada vinho contém substâncias úteis que foram transferidas para as uvas de sua terra natal, portanto, para a saúde, é melhor escolher vinhos de produtores nacionais e, o melhor de tudo, de uvas cultivadas na região nativa.

Aliás, muitos têm certeza de que o vinho em pequenas quantidades ajuda a prolongar a vida. Um estudo descobriu que o rozveratrol, presente no vinho, desempenha um papel fundamental na longevidade. Mas essa substância, além do vinho, também é encontrada no chocolate, nas framboesas e no amendoim. Pesquisas recentes de especialistas americanos refutaram dados anteriores — como se viu, o rozveratrol não afeta a expectativa de vida.

Cientistas da Faculdade de Medicina Johns Hopkins estudaram a saúde de idosos em uma vila italiana. Alguns participantes apresentavam altos níveis de rozveratrol no sangue, enquanto outros, menos. Ao longo dos 9 anos do experimento, 268 das 783 pessoas morreram, e os níveis de rozveratrol no sangue de todos os falecidos eram completamente diferentes.

Com base nesses dados, os cientistas concluíram que o roveratrol não afeta a expectativa de vida e que beber vinho tinto ou outros produtos que o contenham não ajudará você a viver alguns anos a mais, mas as substâncias que fazem parte do vinho tinto ajudam a melhorar o bem-estar e têm um efeito benéfico na saúde, é claro, se você não abusar delas.

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