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Em nome da vida: os cientistas tencionam colocar algumas pessoas gravemente feridas em anabiose
Última revisão: 01.07.2025
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Em breve, a animação suspensa não será mais ficção científica: na esperança de salvar vidas, cirurgiões de trauma estão planejando mergulhar algumas pessoas gravemente feridas em frio intenso, resfriando a temperatura do corpo delas para -50 graus.
A nova estratégia envolve colocar os pacientes em um estado de hipotermia extrema que lhes permitiria sobreviver sem danos cerebrais por cerca de uma hora.
Em um experimento financiado pelo Departamento de Defesa, cientistas da Universidade de Pittsburgh estão se preparando para testar a técnica em vítimas com alto risco de parada cardíaca devido à perda maciça de sangue por ferimentos à bala ou facadas. Atualmente, apenas 7% das pessoas com esses ferimentos sobrevivem.
O pesquisador principal, Dr. Samuel Tisherman, da Universidade de Pittsburgh, disse: "Esperamos que esta técnica ajude os médicos a ganhar tempo para salvar vidas em condições críticas". Sua equipe planeja iniciar o estudo no início do ano que vem em Pittsburgh.
Se a abordagem radical funcionar, poderemos repensar velhas ideias sobre a linha entre a vida e a morte, diz o Dr. Arthur Caplan, cientista biomédico da Universidade da Pensilvânia.
Atualmente, os cientistas estão resolvendo os aspectos legais do experimento. Como se sabe, a lei exige consentimento por escrito para a participação em experimentos médicos, após familiarização dos participantes com o procedimento, possíveis efeitos colaterais e valor terapêutico. É impossível realizar todo o procedimento previsto em lei em caso de ferimentos graves e perda significativa de sangue, pois exigem assistência imediata e intervenção cirúrgica. Nesses casos, pode nem haver tempo hábil para obter autorização de familiares.
Assim, a partir de 15 de novembro de 2011, a equipe de Pittsburgh iniciou uma campanha online para educar os cidadãos sobre o estudo que estava por vir. Temendo riscos sérios, como danos cerebrais, os moradores frequentemente se recusam a participar do estudo caso sofram ferimentos com risco de vida.
Há muito tempo, os médicos tentam usar a hipotermia na medicina, tendo descoberto que o resfriamento desacelera o metabolismo do cérebro e de outros órgãos, permitindo que fiquem sem oxigênio por períodos mais longos. Em particular, o método da hipotermia é usado no transporte de órgãos de doadores.
O uso de hipotermia profunda em temperaturas corporais em torno de -50 graus Celsius nos últimos 10 anos demonstrou ser eficaz em cães e porcos, que foram usados como modelos de trauma humano.
O bioespecialista Dr. Arthur Caplan afirma que a hipotermia apresenta um perigo: embora possa salvar vidas, a cirurgia pode causar danos cerebrais graves que podem levar à incapacidade. É por isso que muitas pessoas preferem simplesmente morrer nessas situações.
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