Como prevenir a recorrência de arritmias?

Especialistas médicos dos Estados Unidos, Alemanha, Polônia e Rússia afirmam que a técnica de denervação renal, uma intervenção minimamente invasiva, ajuda a reduzir significativamente a frequência de recorrências de arritmia e a corrigir aumentos de fundo na pressão arterial.

A arritmia pode ser atribuída às patologias cardíacas mais comuns. A doença é caracterizada por uma perturbação na frequência e no ritmo dos batimentos cardíacos, distúrbio de agitação e contração muscular. Em muitos pacientes, a perturbação do ritmo é acompanhada por um aumento da pressão arterial, o que agrava ainda mais o problema. Uma das formas mais perigosas de arritmia é a fibrilação atrial. Estamos falando de um tipo especial de taquiarritmia supraventricular, que ocorre com atividade elétrica caótica dos átrios a uma frequência de pulso de 350-700 por minuto. Tal frequência torna impossível coordenar as contrações. É muito importante não apenas tratar a patologia, mas também prevenir suas futuras recaídas, cada uma das quais representa um sério perigo para o paciente.

Um dos métodos para essa prevenção pode ser considerado o descoberto por cientistas do Centro Nacional de Pesquisa Médica e do Centro Federal de Cirurgia Cardiovascular. Os médicos lançaram um projeto clínico randomizado multicêntrico, durante o qual determinaram o efeito preventivo positivo da denervação renal. O método de destruição dos nervos localizados nas paredes das artérias renais é realizado simultaneamente à intervenção padrão, que é o isolamento por radiofrequência das seções terminais dos vasos venosos pulmonares por cateter. Isso reduz a probabilidade de recorrência da arritmia e favorece a normalização dos indicadores de pressão arterial.

Durante o trabalho do projeto, os cientistas estudaram os históricos de casos de mais de 300 pacientes que sofriam de fibrilação atrial acompanhada de hipertensão arterial. Para metade deles, foi utilizada ablação por cateter e, para a outra metade, além dos procedimentos padrão, foi utilizado o método de denervação renal. Como resultado, o segundo grupo de pacientes apresentou melhores resultados: durante o ano após o término do tratamento, a porcentagem de ausência de recidivas de arritmia nesses pacientes foi maior do que no primeiro grupo. Além disso, a pressão arterial deles foi completamente normalizada.

Anteriormente, cientistas já haviam conduzido um estudo semelhante, embora em escala muito menor: envolveu apenas 27 pacientes com fibrilação atrial e hipertensão arterial. Os resultados encontrados na época tinham muito em comum com os resultados atuais. Acontece que, no segundo estudo, os especialistas apenas confirmaram as informações existentes anteriormente. Talvez o próximo passo seja a introdução do novo método na prática clínica.

O material foi publicado no Journal of the American Medical Association