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Sono e lentes de contato são uma má combinação
Última revisão: 16.10.2021
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Voltar para casa tarde ou estar cansado não é razão para dormir sem tirar as lentes de contato. Essa negligência pode resultar em graves consequências para a visão.
A pessoa que primeiro coloca as lentes de contato tem muito cuidado ao usá-las no início. Porém, como mostra a prática, após um certo período de tempo, o vício se desenvolve, as pessoas relaxam e param de seguir algumas recomendações médicas. As estatísticas mostram que cerca de 30% dos usuários de lentes de contato periodicamente se permitem não tirá-las antes de ir para a cama.
O Centro Americano para Controle e Prevenção de Doenças forneceu as seguintes informações: pacientes que ignoram as regras e dormem com agentes corretivos mais de cinco noites por semana costumam ter infecções oculares.
“Dormir com lentes é um claro aumento do risco de infecções da córnea, o que, infelizmente, é frequentemente encontrado em pacientes adolescentes e de meia-idade”, disseram representantes do Centro.
Em particular, estamos falando sobre o desenvolvimento de ceratite microbiana - uma patologia infecciosa que requer terapia antibiótica. Se não for tratada com medicamentos poderosos, podem ocorrer complicações extremamente adversas.
Os especialistas citaram exemplos de casos individuais da prática, quando a presença de lentes durante o sono ao longo do tempo levava a lesões perigosas da córnea, à necessidade de intervenção cirúrgica e até mesmo à perda da função visual.
Então, um dos pacientes era um homem de 34 anos. Ele regularmente ia para a cama sem remover seus dispositivos, e até nadava com eles na piscina, o que levava ao acúmulo de flora patogênica perigosa na córnea. Depois de um tempo, ele teve que ir ao médico, pois estava preocupado com uma estranha turvação no olho esquerdo. O médico teve que tratar por muito tempo um processo inflamatório misto microbiano-fúngico, mas mesmo um tratamento potente não trouxe resultados. No fim das contas, era uma forma acantamóbica de ceratite causada por um agente infeccioso raro - a ameba. Como resultado, a visão voltou ao homem, mas não completamente.
Em outro caso, era sobre uma menina de 17 anos que raramente tirava as lentes gelatinosas e acabou sendo diagnosticada com ceratite por pseudomonas. O processo infeccioso foi curado, mas após isso permaneceram alterações cicatriciais irreversíveis e a visão deteriorou-se acentuadamente.
O terceiro paciente, um homem de 59 anos, decidiu sair à caça por vários dias. Demorou apenas dois dias de uso contínuo dos produtos para o desenvolvimento de uma úlcera de córnea perfurada infecciosa. Como resultado, uma operação de transplante de córnea séria e cara teve que ser realizada, seguida por um longo período de recuperação.
Talvez não estejamos falando sobre os casos mais típicos. No entanto, ninguém pode garantir que nenhum processo infeccioso começará após o uso impróprio das lentes. Os médicos alertam: sono e lentes são conceitos incompatíveis.
As informações são apresentadas no site www.fda.gov