Parto com dignidade

Há um quarto de século, uma campanha nacional da Fundação Nascer com Dignidade foi lançada na Polônia. Mulheres começaram a contar suas histórias de parto, sobre o enorme estresse que vivenciaram, sendo deixadas sozinhas, sem o apoio de entes queridos, em um quarto que parecia uma cela de prisão, sem o respeito suficiente da equipe médica, privadas da oportunidade de estar com seus recém-nascidos. Mulheres polonesas começaram a reivindicar um tratamento respeitoso para as mulheres durante o parto.

Um problema comum para todas as mulheres em trabalho de parto naquela época era a completa falta de espaço pessoal, de apoio tanto de entes queridos quanto dos funcionários da maternidade, bem como a solidão durante esse período difícil.

A maioria das mulheres teve o períneo cortado, o que as fez se sentir humilhadas, e muitas não receberam alívio da dor durante o procedimento desagradável.

As taxas de amamentação eram baixas, e os especialistas acreditam que isso acontecia porque as mães eram privadas da oportunidade de estar com seus bebês.

Vale ressaltar que todas essas condições causaram traumas emocionais severos nas mulheres, por isso a Fundação fez todos os esforços para garantir que outras mulheres pudessem se sentir mais protegidas durante o parto.

Os especialistas da empresa realizaram mudanças no sistema de saúde que receberam reconhecimento internacional. Primeiramente, os maridos foram autorizados a estar presentes no parto e a apoiar moralmente suas esposas.

Além disso, tornou-se prática comum que a criança ficasse com a mãe o tempo todo; o recém-nascido era deixado com a mulher imediatamente após o nascimento, e parentes também tinham permissão para visitá-la.

Essa prática fez com que, para quase todas as mulheres, o nascimento de um filho se tornasse uma verdadeira alegria, elas não se sentissem mais sozinhas e o parto passasse a ser considerado um evento familiar. Segundo especialistas, essa abordagem garante uma estadia mais tranquila e tranquila para a mãe e o bebê em casa após a alta.

A Organização Mundial da Saúde também apela a todos os países para que respeitem os direitos das mulheres, especialmente durante o parto, uma vez que em vários países as mulheres ainda sofrem com a falta de respeito e a solidão durante o parto.

No ano passado, a OMS emitiu uma declaração pedindo aos sistemas de saúde do mundo todo que fortalecessem os direitos das mulheres no parto, e hoje mais de 80 países adotaram o apelo à ação.

Há vários anos, especialistas poloneses lançaram os primeiros “Padrões de Cuidados Médicos nos Períodos Pré e Pós-Natal”, que cumprem as diretrizes da OMS.

De acordo com os padrões poloneses, uma mulher tem o direito de escolher onde e como dará à luz, quem estará com ela durante esse período e também tem o direito de ficar com a criança por pelo menos duas horas após o nascimento.

Atualmente, a OMS, em conjunto com a Fundação Nascer com Dignidade e o Ministério da Saúde da Polônia, monitora a qualidade da assistência médica e dos cuidados prestados a parturientes e recém-nascidos. Em breve, está prevista a introdução de uma metodologia de avaliação das maternidades, o que ajudará a controlar melhor os padrões adotados.

Vale ressaltar que após a melhoria dos cuidados médicos e dos cuidados com as parturientes e recém-nascidos, a saúde tanto das mulheres quanto de seus filhos melhorou significativamente, além disso, a taxa de mortalidade infantil diminuiu significativamente.

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