Problemas parentais podem agravar os sintomas de asma nas crianças

Um novo estudo, a ser apresentado no Congresso Internacional anual da Sociedade Respiratória Europeia, em Viena, sugere que um ambiente familiar pouco saudável aumenta o risco de desenvolver ou agravar a asma em uma criança.

Durante a pesquisa, especialistas da Holanda estudaram a relação entre doenças respiratórias e o ambiente emocional dentro da família.

Como parte do mesmo projeto, os cientistas descobriram que, se todas as recomendações do médico forem seguidas corretamente, as crianças experimentam uma melhora significativa em sua condição, incluindo recuperação completa.

Apesar de as crianças participantes do experimento terem sido submetidas a um tratamento complexo para essa doença, os resultados foram diferentes para cada uma.

Dependendo da frequência e gravidade dos sintomas, alguns pacientes apresentaram melhoras imediatas, enquanto outros não apresentaram nenhum progresso.

Após analisar os resultados, os especialistas realizaram entrevistas detalhadas com os pais das crianças. Em seguida, compararam os resultados das radiografias de tórax dos pequenos pacientes com os dados das entrevistas com suas mães e pais.

Embora todos os pais de crianças com baixas taxas de alterações no curso da doença estivessem dispostos a seguir zelosamente todas as instruções médicas, não conseguiram fazê-lo. Os pais citaram uma série de circunstâncias difíceis da vida como motivos para uma abordagem tão irresponsável à saúde do próprio filho, bem como a relutância da própria criança em levar o tratamento a sério.

Os fatores que levaram a resultados nulos no tratamento foram problemas financeiros, desemprego e vida familiar caótica dos cônjuges. Além disso, houve casos em que mães e pais não controlaram o processo de tomar medicamentos por crianças de 8 a 12 anos.

"É importante que os médicos que tratam crianças com asma levem em consideração essas potenciais barreiras ao tratamento normal."

David Supple, pai de uma criança com asma, diz que quatro crianças em casa representam um grande fardo emocional e físico para os pais: "Quando demos a Alex a responsabilidade de tomar os medicamentos, simplesmente tiramos mais uma responsabilidade dos nossos ombros, mas não pensamos na nossa. Percebemos isso agora, vendo que o processo de tratamento não estava trazendo nenhum resultado para o nosso filho."

David e sua esposa incentivam outros pais de crianças doentes a seguirem cuidadosamente todas as recomendações e conselhos dos médicos e, em nenhuma hipótese, deixarem que esse processo siga seu curso.