Os cientistas conseguiram fazer crescer um pulmão artificial

Uma equipe de pesquisa de uma universidade do Texas conseguiu desenvolver um pulmão humano em laboratório. Segundo a mídia local, os pesquisadores utilizaram os pulmões de duas crianças que morreram em um acidente e não eram adequadas para transplante. Os cientistas limparam completamente os pulmões de uma das crianças, removendo células pulmonares, deixando apenas uma espécie de estrutura orgânica composta de colágeno e elastina. Os cientistas então transplantaram material celular do pulmão de outra criança para essa estrutura, e a amostra foi colocada em uma câmara contendo uma solução com meio nutriente. Após 30 dias, os cientistas descobriram que as células do órgão começaram a se multiplicar e o órgão atingiu um tamanho completamente natural.

Para verificar a confiabilidade dos dados obtidos, os cientistas realizaram um experimento repetido. Como observa Joan Nichols, uma das autoras do projeto de pesquisa, os experimentos levaram um ano inteiro para garantir que tudo fosse feito corretamente. O que antes poderia ser considerado ficção científica agora é um fato comprovado. Segundo Nichols, será possível usar pulmões cultivados nessas condições para transplante em pacientes em doze anos. Ela está confiante de que seus alunos conseguirão dar continuidade aos seus esforços com sucesso e, no futuro, serão eles que transplantarão pulmões artificiais para os pacientes.

Os pulmões cultivados artificialmente são praticamente indistinguíveis dos naturais, exceto por uma textura mais macia e uma cor rosa brilhante. Os cientistas pretendem continuar seus experimentos e, nos próximos anos, realizar uma série de experimentos em porcos e transplantar órgãos artificiais neles. O grupo de pesquisa observa que esse método de criação de órgãos foi desenvolvido há vários anos e, inicialmente, os experimentos foram realizados em ratos. Nos Estados Unidos, como em outros países, há uma escassez aguda de órgãos doadores, em particular pulmões. Ao longo de um ano, apenas metade dos pacientes que aguardam um transplante de pulmão são submetidos à cirurgia (sem um transplante de pulmão, esses pacientes não vivem mais do que dois anos).

Um pouco antes, pesquisadores americanos conseguiram criar um novo pulmão a partir de células-tronco embrionárias e induzidas. Este experimento, segundo especialistas, permitirá, no futuro, desenvolver um pulmão bastante adequado para testar medicamentos ou realizar experimentos científicos. Além disso, esses pulmões são bastante adequados para transplante em pacientes que precisam de um novo órgão.

Outro grupo de pesquisa da Universidade de Columbia conseguiu criar intestinos a partir de células-tronco. Agora, os cientistas estão confiantes de que pelo menos seis tipos de células pulmonares, bem como células das vias aéreas, podem ser obtidas a partir de células-tronco. Em particular, é possível criar tecidos que ajudarão a restaurar os pulmões após lesões ou danos graves. Além disso, os cientistas acreditam que conseguirão criar pulmões usando a nova tecnologia, utilizando os próprios tecidos do paciente que precisa de transplante.

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