O sucesso do transplante depende do estado do relógio biológico

Distúrbios nos ritmos circadianos do doador podem levar à rejeição do transplante. Distúrbios nos ritmos circadianos, associados ao estresse cirúrgico, pioram o suprimento sanguíneo para o órgão transplantado.

Um transplante bem-sucedido exige a consideração de muitos parâmetros, e o tipo sanguíneo é apenas o mais óbvio. Cientistas americanos da Universidade Médica da Geórgia relataram que um transplante bem-sucedido exige a verificação dos relógios biológicos do doador e do receptor. Se um deles apresentar um ritmo circadiano alterado, isso aumentará significativamente o risco de complicações pós-operatórias.

O estudo foi conduzido em camundongos e envolveu o transplante de artérias entre camundongos com ritmos circadianos alterados e animais saudáveis. Os resultados do estudo mostraram que artérias de um animal saudável foram normalmente transplantadas para um organismo com ritmos circadianos alterados, e se vasos de um animal com ritmos circadianos alterados fossem transplantados para um organismo saudável, sinais de aterosclerose foram registrados neles após apenas algumas semanas.

É importante ressaltar que o estreitamento das paredes dos vasos, que resulta na interrupção do suprimento sanguíneo para o transplante, é um problema fundamental na transplantologia. Portanto, o estudo permite que os cientistas levem em consideração parâmetros adicionais para o transplante de órgãos, a fim de evitar tais complicações.

Os autores recomendam que todos os pacientes submetidos à cirurgia sejam examinados para distúrbios do sono, como insônia e sonambulismo.