No ano letivo de 2014-2015, os alunos serão ensinados sobre os perigos do álcool e das drogas

O Ministério da Saúde planeja introduzir palestras preventivas sobre os perigos do álcool e das drogas no currículo escolar. O programa é voltado para alunos do 1º ao 11º ano e, além de conversas com os alunos, também está previsto o trabalho com professores e pais. Durante as aulas, os alunos aprenderão sobre os diversos tipos de drogas existentes e as consequências do seu uso. As crianças também aprenderão sobre o HIV e como resistir a más influências. O programa está previsto para ser lançado no ano letivo de 2014-2015.

O programa foi desenvolvido por especialistas do Centro Médico e de Monitoramento de Álcool e Drogas da Ucrânia e da Academia de Ciências Pedagógicas. Os autores acreditam que o programa aumentará o nível de autodefesa dos alunos em situações de risco de uso de álcool, drogas, etc. O projeto começou a ser desenvolvido em 2009 e já foi testado em escolas ucranianas.

O programa foi elaborado para quatro cursos para alunos do 1º ao 4º ano e oito aulas para alunos do 5º ao 11º ano. As aulas serão ministradas pelo professor da turma. Se desejado, especialistas podem ser convidados para a aula, como, por exemplo, um narcologista. Também está prevista a participação de instrutores entre os alunos a partir do 7º ano no ensino. Diversos materiais didáticos foram desenvolvidos especialmente para os professores e 11 apostilas (uma para cada ano letivo) para os alunos.

As crianças serão apresentadas às consequências do uso de álcool e drogas de forma adequada à sua faixa etária. Para alunos do ensino fundamental, tudo será apresentado de forma lúdica; as aulas devem ser divertidas e interativas. Será explicado às crianças que álcool, cigarros e aerossóis são perigosos para a saúde. Quando "amigos" oferecem um cigarro ou vodca, essa situação é perigosa e é preciso ter força suficiente para resistir à má influência. As crianças também aprenderão que recolher pontas de cigarro, agulhas e seringas na rua é perigoso para a vida.

A partir do quinto ano, os alunos aprendem que o uso de drogas leva à perda de dinheiro, amigos, parentes, à destruição de planos para o futuro, a uma grave deterioração da saúde e, por fim, à morte. As crianças aprendem que a maconha é chamada de "grama" ou "planta" entre os jovens e que seu uso leva à deterioração da saúde e a doenças crônicas. Especialistas acreditam que é a partir do quinto e sexto ano que as crianças precisam ser totalmente informadas, caso contrário, o "efeito reverso" ocorrerá e as crianças se interessarão pelo que há de tão especial nessas drogas. A partir dos 13 anos, os adolescentes já têm contato com substâncias narcóticas em maior ou menor grau.

Mais de 25% dos estudantes com mais de 15 anos já usaram drogas. As mais comuns entre os jovens são haxixe e maconha. As crianças experimentam drogas pela primeira vez entre 13 e 16 anos simplesmente por interesse; mais de 12% das crianças em idade escolar já fumaram maconha. Durante a preparação do programa, os especialistas descobriram que 32% dos pais são categoricamente contrários a conversar com seus filhos sobre drogas e álcool. Mas evitar uma conversa sobre isso é errado; é impossível proteger uma criança sem informá-la o máximo possível. Afinal, quase todos que experimentam drogas o fazem por curiosidade, sem pensar no que isso pode levar.

A partir do oitavo ano, os alunos aprenderão mais detalhadamente sobre os tipos de drogas: alucinógenos, opiáceos, canabinoides, estimulantes, solventes e depressores. Os autores planejam explicar às crianças as consequências das más companhias a partir do nono ano e, no décimo primeiro ano, falar sobre HIV e AIDS, bem como como essas doenças são contraídas.

O treinamento deve ser conduzido de forma inusitada, utilizando exercícios temáticos, jogos de dramatização, competições e discussões. Os materiais metodológicos para professores contêm cenários especiais para a condução das aulas. Recomenda-se que os professores conduzam as aulas discutindo diversas questões sobre drogas e álcool, por exemplo, se o álcool melhora o humor ou como identificar se uma pessoa usa drogas. As aulas devem ser conduzidas de forma dinâmica e o intervalo entre as aulas não deve ser superior a dois dias.

Também é necessário aumentar o nível de conscientização entre os adultos. O manual para professores contém informações sobre o que fazer se um ente querido for dependente químico. Projetos especiais para professores também foram elaborados, entre os quais uma tabela com a quantidade de álcool consumida por semana, que deve ser preenchida.

O Ministério da Educação aprovou o novo programa e, após análise pelo Conselho Científico e Metodológico e pela Comissão de Fundamentos da Saúde, foram tiradas conclusões positivas. O programa foi recomendado para uso no processo educacional. O programa não é obrigatório, podendo ser estudado mediante solicitação da administração escolar e dos pais.

Especialistas acreditam que estudar o programa é relevante nas condições modernas. Crianças são expostas à propaganda de bebidas alcoólicas todos os dias e veem bêbados, fumantes, etc. nas ruas. Se você se calar sobre o problema e fingir que não lhe diz respeito, as consequências podem ser muito graves, pois estamos falando do futuro saudável de nossas crianças.

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