A América começou a imprimir vasos sanguíneos utilizando uma impressora 3D

Cultivar novos tecidos humanos em laboratório é muito difícil, pois é um trabalho meticuloso e preciso. Além de recriar estruturas naturais, cada tecido ou órgão precisa ser artificialmente suprido com uma rede vascular, o que é extremamente difícil. Se isso não for feito, o novo tecido não será capaz de receber nutrição e oxigênio.

Especialistas representando a Universidade da Califórnia em San Diego desenvolveram um método exclusivo de impressão 3D fina de redes capilares e microvasculares. As paredes dos vasos são formadas com uma espessura de até 600 mícrons.

A nova técnica é chamada de "impressão biológica óptica contínua microscópica". Ela será usada para recriar a rede vascular de órgãos ou tecidos cultivados artificialmente com estruturas diferentes.

A essência do novo método é a seguinte: células da variedade necessária são imersas em um hidrogel especial, após o qual, com a ajuda de raios ultravioleta e exposição à temperatura, essa massa é compactada, adquirindo a versão necessária da estrutura tridimensional.

Durante todo o processo, as células permanecem vivas e funcionalmente capazes: elas então se desenvolvem e preenchem a estrutura 3D.

Durante experimentos com roedores, cientistas transplantaram vasos criados artificialmente em camundongos experimentais. Ao mesmo tempo, resultados surpreendentes foram demonstrados: novos vasos se enraizaram completamente após 14 dias, e a superfície da ferida cicatrizou muito mais rápido do que o normal.

A pesquisa foi conduzida sob a supervisão do nanoengenheiro Dr. Shaoshen Chen. Segundo ele, este experimento permitiu resolver muitos problemas da biotecnologia vascular. Agora fica claro como recriar órgãos inteiros e tecidos individuais que teriam um sistema de rede vascular totalmente funcional. A questão da introdução de vasos em partes individuais do corpo também foi esclarecida.

"A esmagadora maioria dos órgãos e tecidos do corpo humano é permeada por vasos sanguíneos — isso é necessário para o funcionamento normal e a vida do órgão. Os vasos sempre foram considerados o local mais vulnerável na prática biotecnológica e de transplantes. Por esse motivo, muitas descobertas científicas não foram concluídas, e os cientistas estavam apenas marcando passo. Agora, a impressão 3D da rede vascular que criamos resolverá completamente o problema que surgiu anteriormente", comentou o professor Chen sobre a descoberta em uma coletiva de imprensa da universidade.

Vale ressaltar que o Dr. Chen chefiou o Laboratório de Nanobiomateriais, Impressão Biológica e Biotecnologia Tecidual da Universidade da Califórnia, em San Diego, por muitos anos. Ele vem tentando recriar órgãos com preenchimento vascular completo há muitos anos.

Hoje, cientistas liderados pelo professor continuam suas pesquisas. Agora, eles precisam aprimorar a funcionalidade de transporte de vasos criados artificialmente. Os especialistas também trabalham em uma nova invenção: a produção de uma rede vascular a partir de células-tronco do paciente.

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