Os métodos modernos de educação interferem no desenvolvimento do cérebro

Crenças culturais e visões modernas sobre a vida interferem no desenvolvimento normal do cérebro e dificultam o desenvolvimento emocional saudável de uma criança, concluíram cientistas da Universidade de Notre Dame.

Cientistas acreditam que a qualidade de vida dos jovens piorou, especialmente em comparação à forma como as crianças eram criadas há cinquenta anos.

“Amamentar bebês, atender ao choro deles e manter contato quase constante com múltiplos cuidadores estão entre os fundamentos dos métodos parentais que impactam positivamente o desenvolvimento cerebral da criança e não apenas moldam a personalidade, mas também promovem a saúde física e o desenvolvimento moral”, disse a Dra. Darcia Narvaez, autora principal do estudo. “Infelizmente, os métodos parentais modernos incluem um quarto separado para o bebê, o uso de fórmula infantil quase desde o nascimento e a crença de que uma resposta imediata ao choro de uma criança só vai 'mimá-la', por isso as mães jovens demoram a acalmar o bebê, para não mimá-lo demais com sua atenção.”

Pesquisas mostram que as "respostas" das mães ao choro dos bebês influenciam o desenvolvimento dos princípios morais dos filhos; os toques das mães ajudam a desenvolver a reatividade ao estresse, o controle emocional e a empatia; e brincar na natureza influencia o potencial social e os níveis de agressão.

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Os bebês modernos passam muito mais tempo em carrinhos, cada vez mais mães estão optando pela alimentação artificial e apenas quinze por cento das mães amamentam seus filhos durante os doze meses. A maioria das mães e pais dedica pouco tempo à comunicação e às brincadeiras com seus filhos em comparação com a década de 70 do século passado.

Como resultado, os métodos modernos de educação levam ao aumento do nível de agressividade, mesmo em crianças pequenas, que são propensas a estados de ansiedade e lidam pior com situações estressantes. Há muitos infratores entre crianças pequenas. Além disso, as crianças modernas são menos educadas em termos de princípios morais e seu senso de empatia e compaixão é menos desenvolvido.

Mas, além dos pais, professores e parentes podem ter uma influência benéfica sobre a criança.

"O hemisfério direito do cérebro, responsável pela criatividade e empatia humanas, pode se desenvolver ao longo da vida. Portanto, nunca é tarde para os pais se envolverem no desenvolvimento do potencial criativo de seus filhos", afirmam os pesquisadores.

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