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A radioterapia pode aumentar o crescimento da metástase via anfiregulina
Última revisão: 15.07.2025
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A radioterapia pode estimular a produção do ligante do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), anfiregulina, que promove o crescimento de metástases existentes em pacientes com tumores sólidos avançados, de acordo com um estudo publicado recentemente on-line no periódico Nature.
András Piffkó, médico da Universidade de Chicago, e colegas estudaram os potenciais efeitos nocivos da radioterapia promotora de metástase em pacientes com tumores sólidos avançados que foram tratados com radioterapia corporal estereotáxica (SBRT) em múltiplos locais metastáticos. A expressão gênica foi analisada em 22 biópsias metastáticas pareadas antes e depois da radioterapia.
Os cientistas descobriram que a radioterapia induziu a produção de anfiregulina em células tumorais. A anfiregulina reprograma células mieloides que expressam EGFR para um fenótipo imunossupressor e pode reduzir sua atividade fagocitária. A anfiregulina esteve envolvida em três das vinte vias de sinalização mais ativadas associadas à progressão de tumores distantes. Pacientes cujos tumores apresentaram expressão aumentada de anfiregulina apresentaram sobrevida livre de doença e sobrevida global mais curtas.
A radioterapia local reduziu o número de metástases pulmonares, mas aumentou seu tamanho devido à secreção de anfiregulina; a eliminação do gene impediu esse efeito. Resultados semelhantes foram obtidos em modelos murinos de metástases pulmonares, nos quais o bloqueio da anfiregulina aboliu esse efeito.
"Curiosamente, a combinação de radioterapia e bloqueio de anfiregulina reduziu tanto o tamanho do tumor quanto o número de locais metastáticos", observou o autor sênior Ralph R. Weichselbaum, MD, também da Universidade de Chicago.
Vários autores do estudo relataram vínculos com a indústria biofarmacêutica.