A base científica para a capacidade de ver a aura de uma pessoa é apresentada

É proposta uma interpretação neurofisiológica do fenômeno da aura energética observado por pessoas que praticam medicina alternativa.

Algumas pessoas afirmam poder ver a aura de uma pessoa – um contorno colorido que circunda o corpo e que não é visível a olho nu. Alguns dos "auraceiros" mais populares são curandeiros e feiticeiros que influenciam a aura e o campo energético. Suas habilidades de cura podem ser tratadas de diferentes maneiras, mas, como afirmam psicólogos do Instituto Granada (Espanha), eles definitivamente veem a aura, e esse fenômeno tem uma explicação neuropsicológica completamente científica.

Como escrevem cientistas na revista Consciousness and Cognition, a coloração energética invisível para pessoas normais pode se manifestar devido à sinestesia. Esse fenômeno neurofisiológico é caracterizado pela formação excessiva de conexões entre os neurônios do cérebro. Nesse caso, áreas do cérebro que normalmente não fazem isso começam a trocar sinais. Assim, acontece que uma pessoa começa a ver, por exemplo, sons em cores. A sinestesia ocorre frequentemente em pessoas que se dedicam à arte e, possivelmente, àquelas que praticam medicina tradicional.

Os autores estudaram as capacidades de "visão da aura" de muitos representantes da medicina alternativa e concluíram que a maioria deles apresenta pelo menos uma das variantes da sinestesia, quando a área do cérebro responsável pela identificação da aparência estabelece uma conexão com a área que reconhece as cores. Além disso, uma pessoa apresenta sinestesia reflexiva, quando, em resposta a um toque ou dor sentido por outra pessoa, ela começa a sentir o mesmo em si mesma. A empatia e os acentos das manifestações esquizotípicas na psique podem ajudar a enxergar bem a aura, se a pessoa não estiver doente, mas ocasionalmente tiver alucinações e for propensa a ataques paranoicos leves.

Em suma, os curadores energéticos não mentem quando afirmam que veem sua aura e sentem sua dor. Outra questão é o quanto o que eles podem ver tem uma relação direta com a realidade objetiva. Deve-se notar que os autores do artigo, como verdadeiros cientistas, difundiram diversas ideias sobre o fenômeno da aura: segundo eles, não abordaram de forma alguma a aura, que é explicada em textos sagrados e esotéricos que descrevem o mecanismo das esferas divinas. Essa aura difere do que os curadores veem, e é quase impossível explicá-la por meio da sinestesia.