Os casais sem filhos correm o risco de morrer prematuramente

Cientistas da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, conduziram um estudo e concluíram que casais sem filhos correm risco significativo de morte prematura, especialmente mulheres.

Há uma expressão que os pais às vezes dizem em seus corações: "Seus próprios filhos vão te levar para a sepultura". No entanto, na realidade, tudo é completamente diferente. É a incapacidade de ter filhos que pode levar à morte prematura.

A pesquisa dos cientistas lança luz sobre a antiga questão de se as crianças são realmente capazes de preencher a vida com felicidade e alegria e, assim, prolongar a vida de seus pais. E, de fato, a resposta a essa pergunta é sim. Comparados a casais sem filhos, pais felizes vivem mais.

A única exceção são os casais que não desejam ter filhos. O alto risco de morte precoce aguarda as famílias que tentaram ser pais, mas suas tentativas não foram coroadas de sucesso.

Entre as possíveis causas de morte precoce, os cientistas citam alcoolismo, dependência de drogas, depressão, doenças mentais, bem como doenças físicas associadas à infertilidade.

Os resultados da pesquisa dos cientistas foram publicados na revista científica "Journal of Epidemiology and Community Health". Os dados obtidos pelos especialistas baseiam-se na análise de informações estatísticas referentes ao período de 1994 a 2008.

Os pesquisadores disseram que uma variedade de estatísticas, incluindo indicadores de renda, registros de nascimento e óbito, informações sobre doenças físicas e mentais e fertilização in vitro, ajudaram a identificar tendências na duração e na qualidade de vida de casais sem filhos e famílias com filhos.

Os autores da pesquisa também examinaram a saúde de 21.276 casais, residentes na Dinamarca, que não conseguiram conceber um filho naturalmente e recorreram ao método de fertilização in vitro.

Especialistas descobriram que mulheres sem filhos têm um risco quatro vezes maior de morte prematura em comparação com aquelas que vivenciaram a alegria da maternidade. Os fatores de risco incluem doenças cardiovasculares, desenvolvimento de tumores malignos e até acidentes. Em comparação com mulheres sem filhos, aquelas que decidiram adotar uma criança reduziram o risco de morte prematura pela metade.

Quanto aos homens, em princípio, o mesmo padrão se aplica a eles, mas com a ressalva de que não há diferença entre adoção e paternidade biológica.

As conclusões dos cientistas podem parecer pouco originais e simplistas demais, visto que pessoas solteiras podem negligenciar a doença e raramente consultam médicos. No entanto, como explicar o fato de casais com filhos e casais sem filhos apresentarem o mesmo nível de transtorno mental? Apenas casais que adotaram uma criança apresentaram menor risco. No entanto, isso pode ser explicado pelo fato de que adotar uma criança não é tão fácil.

É claro que os especialistas também levaram em consideração fatores de risco que levam à morte precoce, como doenças crônicas, tabagismo, educação, nível de renda, etc.

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