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Nova classe de medicamentos orais melhora a implantação do embrião e os resultados da gravidez no tratamento de fertilização in vitro
Última revisão: 02.07.2025
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Um novo estudo demonstrou a eficácia de um medicamento oral não hormonal, pioneiro na categoria, para aumentar as taxas de implantação embrionária, gravidez e nascidos vivos em mulheres inférteis submetidas à fertilização in vitro (FIV) ou à injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI). Os resultados, apresentados hoje na 40ª Reunião Anual da ESHRE em Amsterdã, representam um passo significativo rumo ao primeiro tratamento terapêutico para aumentar o sucesso da implantação embrionária e as taxas de nascidos vivos.
Em todo o mundo, uma em cada seis pessoas em idade reprodutiva sofrerá de infertilidade ao longo da vida. Mais de 3 milhões de ciclos de fertilização in vitro são realizados a cada ano e, apesar dos avanços na tecnologia de fertilização in vitro, a falha na implantação de embriões continua sendo um problema significativo.
Em resposta a essa necessidade não atendida, pesquisadores apresentaram resultados promissores do ensaio clínico de Fase 2, OXOART2. Este estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, conduzido em 28 centros na Europa, avaliou o OXO-001, um medicamento oral pioneiro que atua diretamente no endométrio (o revestimento interno do útero) para melhorar as taxas de implantação embrionária e gravidez.
O estudo OXOLIFE analisou 96 mulheres com menos de 40 anos de idade submetidas a uma única transferência de embrião: 42 receberam placebo e 54 receberam uma dose diária de OXO-001. O tratamento começou um ciclo menstrual antes do ciclo de transferência de embriões e continuou até cinco semanas após a transferência.
Melhorias estatisticamente significativas foram observadas nas taxas bioquímicas da gravidez – detecção precoce da gravidez – com taxas de 75,9% no grupo OXO-001 em comparação com 52,4% no grupo placebo. Melhorias clinicamente significativas também foram observadas nas taxas de gravidez clínica (batimentos cardíacos fetais 5 semanas após a transferência do embrião) e nas taxas de gravidez em curso (10 semanas após a transferência do embrião), com aumentos absolutos de +14,3 (50,0% para OXO-001 em comparação com 35,7% para placebo) e +10,6 (46,3% para OXO-001 em comparação com 35,7% para placebo), respectivamente.
O mais importante foi o aumento absoluto de +6,9 nas taxas de nascidos vivos (42,6% para OXO-001 versus 35,7% para placebo).
Dra. Agnès Arbat, CEO e Diretora Médica da OXOLIFE: “Médicos e pacientes sabem que um aumento absoluto de mais de 5 pontos percentuais na gravidez em curso é considerado clinicamente significativo. Observamos um aumento de mais de +9, o que traz novas esperanças aos pacientes e à comunidade científica. Estamos ansiosos para avançar com este tratamento promissor para as próximas fases de desenvolvimento clínico.”
A incidência de eventos adversos foi semelhante em ambos os grupos. Os eventos adversos mais comuns foram dores de cabeça, náuseas, vômitos, problemas gastrointestinais e tonturas, a maioria dos quais leves a moderados. Mais importante ainda, não houve diferença em relação ao placebo em crianças após seis meses de acompanhamento. No geral, o OXO-001 foi bem tolerado, com altas taxas de adesão.
O Dr. Ignasi Canals, Diretor Científico da OXOLIFE, acrescenta: “Estamos entusiasmados com os resultados deste estudo, que destacam o potencial do OXO-001 como a primeira opção terapêutica para aumentar o sucesso da implantação embrionária usando um medicamento não hormonal com um novo mecanismo de ação que atua diretamente no endométrio.”
A Professora Dra. Karen Sermon, Presidente da ESHRE, explica: "Apesar dos avanços contínuos em estimulação ovariana, manipulação e cultura de embriões, as melhorias nas taxas de nascidos vivos em reprodução assistida têm sido, na melhor das hipóteses, graduais. Um aumento de quase 7% é uma ótima notícia para nossos pacientes e esperamos que isso se confirme em grupos maiores de pacientes."
Um resumo do estudo será publicado hoje no periódico Human Reproduction, um dos principais periódicos do mundo sobre medicina reprodutiva.