Trabalhar demasiado é mau para a saúde

Cientistas da Austrália descobriram quantas horas por semana uma pessoa pode trabalhar sem prejudicar sua saúde.

Especialistas da Universidade Nacional Australiana realizaram uma observação de longo prazo com 8.000 pessoas com diferentes jornadas de trabalho e jornadas semanais. Eles compartilharam suas descobertas com o periódico Social Science & Medicine.

Levando em conta os resultados obtidos, os cientistas recomendaram trabalhar no máximo 39 horas por semana para manter a saúde, o que equivale quase a uma jornada de trabalho de oito horas em uma semana de trabalho de cinco dias.

Se a rotina de trabalho for estruturada de forma diferente e prolongada, isso terá um impacto muito negativo no corpo humano, tanto física quanto mentalmente. Uma semana de trabalho agitada esgota a pessoa, priva-a da oportunidade de se alimentar bem e de se dedicar à saúde.

Essas informações devem ser úteis não apenas para funcionários comuns, mas também para empregadores. Afinal, não é à toa que, nos últimos anos, vários países europeus têm praticado com frequência um sistema de horário de trabalho flexível.

Muitos funcionários recebem da gerência o direito de escolher seu próprio horário de trabalho como incentivo. Cientistas afirmam que essa abordagem também ajuda a aumentar a produtividade do trabalho – em várias vezes. Cada pessoa é diferente – e se uma acha mais fácil trabalhar de manhã à noite, outra prefere acordar na hora do almoço, mas trabalha sete dias por semana. Dadas essas diferenças, você pode "combinar" com os funcionários e permitir que trabalhem quando for mais conveniente para eles.

Por exemplo, em países como Suécia, Grã-Bretanha e Noruega, a flexibilidade de horários de trabalho é estabelecida por lei. Isso é especialmente verdadeiro para as mulheres – afinal, além do trabalho principal, elas frequentemente precisam realizar muitas tarefas domésticas. E isso também afeta o estado do sistema nervoso e de todo o corpo.

Uma pessoa sobrecarregada de trabalho pode adquirir diversos problemas ao longo do tempo. Em primeiro lugar, doenças do coração e dos vasos sanguíneos, úlcera péptica e gastrite crônica. Além disso, essas pessoas sofrem de falta de imunidade: podem pegar um resfriado comum várias vezes ao ano.

O esgotamento físico e moral também se manifesta em excesso de irascibilidade, irritabilidade e ansiedade. Essa situação pode deixar marcas na vida pessoal: em famílias de workaholics, escândalos, conflitos e até divórcios não são incomuns.

A situação é diferente se um funcionário trabalha muito porque gosta. Uma pessoa apaixonada pelo seu trabalho, inicialmente, gosta dele — e, em tal situação, a recomendação dos cientistas sobre o limite de trabalho não é levada em consideração.

Psicólogos apoiam os cientistas nessa questão. Como o tempo gasto por uma pessoa no trabalho prevalece sobre o período de descanso, mais cedo ou mais tarde, a ocorrência de sobrecarga nervosa e física e distúrbios do sono é inevitável, o que, por sua vez, leva ao desenvolvimento de doenças.

[ 1 ], [ 2 ], [ 3 ]