Quais são os parâmetros físicos para um bebé de um mês a três anos e o que é que um bebé deve ser capaz de fazer?

Nos primeiros dois meses, o peso do bebê aumenta de 750 a 900 g por mês e sua altura, 2 cm por mês. Mas se o seu bebê "se desviar" um pouco desses valores médios, não precisa se preocupar. Se ele estiver alegre, não deprimido, tiver fezes normais e não der a impressão de estar doente, então nada de terrível está acontecendo.

A pele de uma criança nos primeiros meses de vida é rosa-claro (a menos, é claro, que ela seja morena), aveludada. Ela tem uma camada de gordura subcutânea bem desenvolvida, graças à qual as dobras cutâneas são claramente visíveis, tão sensíveis aos adultos.

As dobras nas nádegas e coxas são especialmente bem delineadas. Se notar assimetria nas dobras (mais baixas em um quadril do que no outro), consulte um ortopedista. Talvez seu filho tenha uma luxação congênita da articulação do quadril. A condição da pele pode ser usada para avaliar a saúde da criança: se a pele ficar muito úmida, é um sinal de que a criança precisa ser levada ao médico. As manchas vasculares desaparecem gradualmente em dois a três meses e logo desaparecem. Se a mancha não desaparecer, significa que se trata de um hemangioma – um tumor vascular. Somente um cirurgião pode determinar o grau de perigo para a criança.

Aos dois ou três meses, os cabelos da cabeça e do corpo começam a mudar. Se a criança tinha pelos velus nos ombros ao nascer, eles caem nessa época, mas às vezes, em algumas doenças, podem permanecer. Os pelos velus pretos (geralmente) na cabeça são gradualmente substituídos por pelos bulbosos, e podem mudar de cor (eram pretos e ficaram brancos). Eles podem se soltar, formando áreas calvas. Isso pode ser devido ao fato de a criança ficar constantemente deitada na mesma posição - de costas ou de lado. Ao mesmo tempo, a calvície pode ser um sintoma do início do raquitismo.

Às vezes, as crianças não têm o pigmento melanina no corpo – isso é albinismo. É difícil chamá-lo de doença, já que, via de regra, a condição das crianças não é afetada. Embora com albinismo pronunciado, quando não há pigmento nem mesmo na íris (geralmente os albinos têm olhos azuis, mas neste caso serão vermelhos), a criança tem fotofobia e a exposição à luz forte pode danificar a retina. Além disso, a pele dos albinos é muito sensível à luz solar, por isso eles não devem tomar sol, e um dermatologista irá aconselhá-lo sobre quais cremes protetores você precisa usar.

Em geral, é importante lembrar que a pele e o sistema nervoso se desenvolveram a partir da mesma camada germinativa, portanto todas as alterações na pele devem ser examinadas por um dermatologista e um neurologista.

Recém-nascidos e crianças no primeiro mês de vida não ficam indiferentes ao toque. Se você tocar suas pálpebras, a criança fechará os olhos, tocará a palma da mão - ela cerrará o punho. Se a membrana mucosa do nariz estiver irritada, o bebê franze a testa e contrairá os braços e as pernas. Aos dois ou três meses de idade, algo novo aparece nessas reações. Toque seus cílios - e o bebê não apenas fechará os olhos, mas também os alcançará com a mão, esfregando-os. Reações semelhantes podem ser causadas ao tocar o rosto, as orelhas. Esta é a chamada reação de concentração da pele. A partir dos quatro meses, pode ser causada ao tocar o estômago, as palmas das mãos.

A partir dos dois meses de idade, a sensibilidade à dor da criança aumenta. Ela começa a reagir de forma mais aguda ao desconforto, por exemplo, a fraldas molhadas. À medida que a criança cresce, o tempo entre o momento da aplicação de um estímulo doloroso e a reação a ele diminui gradualmente, e o comportamento e as expressões faciais tornam-se mais variados. A ausência de reações à dor e aos estímulos táteis pode ser um sintoma de lesão na medula espinhal ou no cérebro.

Aos três meses de idade, a criança controla os objetos em movimento em seu campo de visão com o olhar.

Se um recém-nascido reage a todos os cheiros quase da mesma maneira, um bebê de dois ou três meses já é capaz de expressar sua atitude em relação a cheiros agradáveis e desagradáveis. Ele reage aos primeiros congelando, ficando animado e até sorrindo, aos segundos, fazendo caretas de desagrado e espirrando.

Um recém-nascido reage a estímulos gustativos. Gradualmente, essa capacidade melhora e a criança começa a distinguir diferenças gustativas mais sutis. Se uma criança tem um distúrbio do paladar associado a danos no sistema nervoso central, ela não aprecia a comida e come mal, o que pode contribuir para o desenvolvimento de hipotrofia.

Como o bebê demonstra um interesse pronunciado pelas vozes dos adultos, não é de se surpreender que seus próprios sons, via de regra, surjam ao se comunicar com outras pessoas: quando os adultos o seguram no colo ou brincam com ele. A partir de um mês e meio, o bebê começa a reagir quando você sorri para ele ou fala com ele: ele sorri, começa a mexer as pernas e os braços e, com toda a sua aparência, demonstra que está satisfeito. Aos dois meses, ele acrescenta alguns sons "próprios" ao sorriso e, de vez em quando, emite um "gorjeio" melódico. Um pouco mais tarde, ele começa a separar o sorriso da "conversa". Agora, ele sorri para você em resposta ao seu sorriso. Além disso, os bebês com quem os pais conversam mais são mais "falantes" do que aqueles com quem se "comunicam" menos.

Quanto mais palavras uma criança ouve e percebe ao se comunicar com adultos, mais ela "pratica" enquanto está sozinha no berço. A criança começa a usar a voz como forma de interagir com os pais. Se você fala com ela, ela espera que você termine e só então tenta "responder" e, depois de "responder", aguarda sua reação aos seus "comentários". Pesquisas mostram que crianças que gostam de "conversar" tendem a se comportar com mais calma quando deixadas sozinhas.

A principal tarefa dos pais é manter a comunicação com a criança, pois isso estimulará o desenvolvimento da fala. Portanto, é necessário conversar com a criança, mostrar-lhe livros ilustrados, nomear objetos e explicar o que eles significam.

Com um mês e meio, a maioria dos bebês já tem controle suficiente sobre os músculos do pescoço para manter a cabeça ereta, mas se você o segurar nos braços e se curvar, a cabeça dele "cairá" na direção da curva. No entanto, por volta dos 2,5 a 3 meses, os músculos do pescoço estarão fortes o suficiente para que a cabeça fique ereta e o bebê consiga controlá-la. À medida que o bebê ganha peso, a cabeça deixa de ser a parte mais pesada do corpo. Portanto, você só precisa apoiar a cabeça do bebê ao pegá-lo no berço ou fazer movimentos bruscos.

Aos três meses, ele começa a mudar de posição, para de ficar deitado na "posição fetal agachada" e aprende a deitar de costas, enquanto seus braços e pernas se movem livremente nas articulações. Ele vira a cabeça de um lado para o outro. Quando puxado pelos braços e transferido para a posição sentada, o bebê levanta a cabeça junto com o corpo e não a deixa cair para trás.

Aos três meses de idade, uma criança que não dorme está constantemente em movimento. Ela contrai os braços e as pernas, e suas pernas fazem movimentos que lembram andar de bicicleta. E suas mãos, que às vezes aparecem em seu campo de visão, às vezes desaparecem, tornam-se quase seus brinquedos mais importantes.

Na posição de bruços, ele já consegue manter a cabeça erguida muito bem por alguns segundos. E, depois de aprender isso, consegue sustentar parte do corpo com os braços, de modo que, ao se apoiar nos cotovelos, não só a cabeça, mas também os ombros, se elevam do tapete.

Aos dois meses, a criança já consegue rolar de costas. E aos três meses, ela já consegue girar tão ativamente no berço que começa a bater a cabeça nas grades. E o trocador, antes prático e seguro, torna-se tão perigoso que nem pense em deixar seu filho sozinho nele!

Portanto, aos três meses, você não deve mais enrolar seu bebê (se já o fazia antes). Bem enrolado e virado para a parede, ele não conseguirá chutar as pernas e os braços nem olhar para as pessoas ao seu redor. Ele ficará desconfortável e muito entediado. Não ofenda o bebê!